A divulgação da "comunidade monástica comunhão e misericórdia", e toda a história real de santa Faustina e Jesus misericordioso.
Conselhos evangélicos
Origem: Wikipédia, a enciclopédia
livre.
Os conselhos evangélicos são aspectos da vida de Cristo
pelos quais os religiosos católicos vivem
a restrita uniformização com Cristo, tornando-se novos Cristos para a Igreja (cristiformização). Os conselhos
evangélicos são seguidos pelos consagrados mediante votos professados
em institutos
de vida religiosa (ordens e congregações
religiosas) ou em institutos
seculares. Através destes votos, os religiosos seguem as
constituições dos seus respectivos institutos, vivendo os conselhos evangélicos
segundo o carisma de seu grupo religioso. Os
Votos mais comuns são os votos depobreza, castidade e obediência.
O grau de seguimento e cumprimento destes conselhos evangélicos varia de
instituto para instituto, sendo as ordens religiosas mais austeras, onde
os Votos são professados solenemente. Isto em oposição às congregações
religiosas, que só obrigam os seus membros a professarem os votos na
sua versão mais simples. A diferença mais marcante destas duas versões está no
cumprimento do voto da pobreza.
Tipos Os mais comuns votos professados são três:
·
Pobreza - seguindo Cristo que sendo rico e
todo-poderoso se fez pobre por amor incondicional
aos homens. Logo, por meio deste voto, os que prometeram cumpri-lo não podem mais
terbens pessoais, renunciando aos bens
que já tinham e dispensando tudo o que venha a ter como posse e tudo o que por
força de trabalho precisarem ter é apenas propriedade do seu instituto
religioso. Normalmente, esta visão é defendida pelas ordens religiosas,
enquanto que as congregações religiosas têm uma visão menos austera e mais
simples do voto da pobreza, permitindo assim aos seus membros a posse, mas não
o uso, de bens pessoais.
·
Castidade (através do celibato) - cuja
finalidade é os professados terem um coração indiviso para Deus,
fazendo-os seguir por isso a continência.
·
Obediência - todo aquele que for superior de um instituto religioso ou
de alguma parte do mesmo passa automaticamente a ter grande autoridade sobre os professados, que
devem sempre obedecer aos seus superiores, que fazem as vezes de Deus para
eles.
Teologia
A teologia dos conselhos evangélicos ou a teologia dos votos
religiosos nos apresenta como fundamento a teologia do coração
indiviso (LG 42),
pois para a vivência destos é necessário a entrega total do ser nas mãos de
Deus, uma vez que a pessoa de Cristo se doa na sua totalidade.
Os conselhos evangélicos têm sua origem divina, mais exatamente,
cristológica. Estão fundamentados nas palavras e exemplos de Jesus.
Tem sua origem divina na doutrina e nos exemplos de Jesus, isto quer dizer, que
se fundam em sua vida, em toda sua vida. A vida e a doutrina de Jesus estão na
base de toda forma de vida cristã, e de maneira especial, na base da vida consagrada. Eles não são obrigados aos
cristãos todos, muito menos lhes é prerrogativa de uma vida mais ou menos santa,
apenas são obrigados àqueles que livremente optarem por seguir para atingirem
não só a salvação (e
portanto a santidade), mas
também a perfeição.
Antes do Concílio Vaticano
II os votos eram distribuídos na seguinte ordem: obediência,
castidade e pobreza, pois a concepção destes era vista de uma perspectiva muito
diferente da atual. A Obediência era a mais exigente porque era a renuncia da
própria liberdade e a capacidade de dominar a vontade humana; a Castidade era a
renuncia as paixões e a capacidade de dominar os sentimentos e os afetos do
coração; a Pobreza era considerada a menos exigente dos tres, pois era vista
somente em sua realidade externa, renuncia aos bens externos e a capacidade de
viver na simplicidade e com poucas coisas.
Com o Concílio Vaticano
II modificou-se a visão escolástica que se tinha na idade media
dos votos. A nova ordem é Castidade, Pobreza e Obediência, (PC 12, LG 43) por sua vez estes votos foram
vistos sob seu aspecto positivo enfatizando o primado da castidade, em relação
a Deus, as pessoas e as coisas.
Quanto ao voto de pobreza é verdade que os bens materiais são externos à
pessoa humana, porém, o apego a eles toca profundamente o intimo do coração, em
todas as suas faculdades e potencialidades. A obediência não deixa der ser a
renúncia da própria liberdade, porém não tem valor em si, mas visa o bem maior
numa perspectiva profunda de fé que provoca um ouvir com o coração.
Castidade consagrada
A castidade consagrada é a plenitude do amor, pois o voto de castidade
começa pelos laços afetivos e familiares, porém consiste na humanização,
disciplina e no limite afetivo. O termo castidade provém do latim castitate e
significa as qualidades de uma pessoa casta. Também tem o sentido de abster-se
dos prazeres sensuais. Mas o termo consagrado é usado pelo Concílio Vaticano
II com o significado constante e global de doação integral de
si a Deus, serviço total a Ele, modo especial de consagração ao Senhor (PC I).
Esse voto não é mais visto só como uma proibição de relações sexuais, mas é
analisado em um sentido bem mais amplo, que consiste no respeito mutuo,
seguindo bem de perto a Cristo pobre, obediente e casto.
No antigo testamento a paternidade e a maternidade eram essenciais. Pois
era inconcebível alguém não ter descendência, e a virgindade era tida como uma
desgraça. A abstenção dos atos sexuais, para o homem, só era prevista por tempo
determinado em caso de estudo das leis, segundo a Toráh e o Talmud da Babilônia, do contrário não. Após o exílio
há uma nova realidade sobre o eunuco que era desprezado pela sociedade judaica, mas é Jesus
de Nazaré que vem valorizar os três estados de eunuco (Cf. Mt 19, 1-12). Ele se fez eunuco por causa do Reino.
Apesar da nova perspectiva dada pelo Concilio, ainda há resquícios de
uma mentalidade ligada à fonte sacerdotal que visa à castidade na ótica
simplista da genitalidade. Outra fonte antiga é a sapiencial/profética que
passou a incluir o eunuco na sociedade israelita.
A partir desta iniciou-se, já no Antigo Testamento uma nova visão do
celibato, uma vez que surgiram os essênios e mais tarde o próprio Cristo
valorizou a opção pelo celibato quando livremente se faz por amor ao Reino.
Atualmente a castidade consagrada deve ser entendida num amplo sentido, ela é a
maneira de estar aberto as relações acolhedoras, puras, edificantes, e
consoladoras entre os filhos do Pai.
Obediência na caridade
fraterna
A palavra obediência em sua raiz etimológica quer dizer: ouvir com o
coração e escutar em profundidade, ou seja, escutar com amor. O fundamento
bíblico do voto da obediência é a relação amorosa que existe entre Deus e o ser
humano, pos vocação à vida religiosa é o encontro de dois amores, o Deus que
chama por amor, e o chamado que responde com amor.
A obediência só tem sentido a partir da fé.
Toda obediência esta ligada ao discernimento,
visto que, obedecer é abrir mão dos planos pessoais em vista dos planos
comunitários, por tanto, é preciso ver na voz do superior a vontade de Deus (Cf.
cân. 601). Jesus no Getsêmani colocou
sua vontade em segundo plano conformando plenamente à vontade do Pai por um bem
maior. Meu Pai se é possível, afaste-se de mim este cálice. Contudo, não seja
feito como eu quero, e sim como Tu queres.
Toda a obediência está vinculada a uma autoridade. A autoridade na igreja é uma
missão nobre e sublime, desde que exercida como serviço desinteressado e não
como ambição. Toda autoridade religiosa está vinculada a uma comunidade. É, em
primeiro lugar, obediência ao Espírito, numa atitude constante de escuta
e discernimento. Assim, a obediência dos membros de uma congregação
religiosa passa pelas Regras. Estas Regras não são mortas, mas
animadas pelo Espírito que vem de Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário