A divulgação da "comunidade monástica comunhão e misericórdia", e toda a história real de santa Faustina e Jesus misericordioso.
Fé
Fé
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nota: Para outros significados,
veja Fé (desambiguação).
Alegoria da fé, por L.S.
Carmona(1752–53).
O véu simboliza a impossibilidade de conhecer directamente as evidências.
Fé (do Latim fides,
fidelidade e do Grego πίστη pistia1 ) é a firme opinião de que algo é verdade, sem qualquer tipo de prova ou
critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança que depositamos nesta idéia ou
fonte de transmissão.
A fé acompanha absoluta
abstinência à dúvida pelo
antagonismo inerente à natureza destes fenômenos psicológicos e lógica
conceitual. Ou seja, é impossível duvidar e ter fé ao mesmo tempo. A expressão
se relaciona semanticamente com os verbos crer, acreditar, confiar e apostar,
embora estes três últimos não necessariamente exprimam o sentimento de fé,
posto que podem embutir dúvida parcial como reconhecimento de um possível
engano. A relação da fé com os outros verbos, consiste em
nutrir um sentimento de afeição, ou até mesmo amor,
por uma hipótese a qual seacredita,
ou confia, ou aposta ser verdade.2 Portanto se uma pessoa acredita, confia ou aposta em
algo, não significa necessariamente que ela tenhafé. Diante dessas
considerações, embora não se observe oposição entre crença e racionalidade,
como muitos parecem pensar, deve-se atentar para o fato de que tal oposição é
real no caso da fé, principalmente no que diz respeito às suas implicações no
processo de aquisição de conhecimento, que pode ser resumidas à
oposição direta à dúvida e ao importante
papel que essa última desempenha na aprendizagem.
É possível nutrir um sentimento de fé em relação a
um pessoa, um objeto inanimado, uma ideologia, um pensamento filosófico, um sistema qualquer, um conjunto
de regras, um paradigma popular
social e historicamente instituído, uma base de propostas ou dogmas de
uma determinada religião. Tal sentimento
não se sustenta em evidências, provas ou entendimento racional (ainda que este
último critério seja amplamente discutido dentro daepistemologia e possa se refletir em sofismos ou falácias que o justifiquem de modo
ilusório) e, portanto, alegações baseadas em fé não são reconhecidas pela comunidade científica como
parâmetro legítimo de reconhecimento ou avaliação da verdade de um postulado. É geralmente
associada a experiências pessoais e herança cultural podendo ser compartilhada
com outros através de relatos, principalmente (mas não exclusivamente) no
contexto religioso, e usada frequentemente como justificativa para a própria
crença em que se tem fé, o que caracteriza raciocínio circular.
A fé se manifesta de várias maneiras e pode estar
vinculada a questões emocionais (tais como reconforto em momentos de aflição
desprovidos de sinais de futura melhora, relacionando-se com esperança) e a motivos considerados moralmente
nobres ou estritamente pessoais e egoístas. Pode estar direcionada a alguma
razão específica (que a justifique) ou mesmo existir sem razão definida. E,
como mencionado anteriormente, também não carece absolutamente de
qualquer tipo de argumento racional.
Contexto Social[
A expressão fé pode assumir
diferentes conotações que se afastam parcialmente do significado original a
depender do contexto quando empregadas pelo discurso coloquial ou técnico, como
por exemplo, o legislativo: Garantir, por encargo legal, a verdade ou a
autenticidade do texto de um documento ou de um relato, de uma assinatura, etc.
Logo, no contexto social podemos identificar algumas variações semânticas da
expressão, tais como:
Má fé]
Designa-se má fé quando um
indivíduo, ou um grupo de indivíduos, age intencionalmente com o interesse de
prejudicar alguém. Como exemplo poderíamos citar uma propaganda enganosa, um
contrato desonroso, entre outros.
Boa fé
Designa-se boa fé quando alguém
age de maneira honrosa e com boa conduta. Pessoa que faz o possível para
cumprir seu dever. Honrada, Honesta, não engana, não age com dolo. Como exemplo
podemos citar um contrato oral, em que as partes se comprometem com algum
serviço, e ambas concluem suas partes e aceitam de acordo comum que está
realizada.
Fé pública
Ver artigo principal: Fé pública
Presunção legal de autenticidade, verdade ou
legitimidade de ato emanado de autoridade ou de funcionário devidamente
autorizado, no exercício de suas funções. Tudo o que for registado possuifé pública. O registador age em nome do Estado
quando usa a expressão Dou fé, significando que, o afirmado,
transcrito e certificado, é verdadeiro. Visa proteger o terceiro, que contrata,
confiando no que o registo publica. Em sentido geral, esse princípio
possibilita que o terceiro, realize de boa-fé um negócio oneroso, passando a
ter a presunção de segurança jurídica.
Outras variações populares
Normalmente a expressão popular dar fé significa
garantir, assegurar ou transmitir confiança. Em termos gerais significa afirmar
como verdade, testificar, autenticar, prestar testemunho autêntico. Da mesma
forma, a expressão botar fé, expressa o sentimento de confiança,
reconhecimento e aceitação.
Em Cabo Verde o termo tomar fé é
o mesmo que tomar conhecimento, notar.
Contexto religioso
No contexto religioso, "fé" tem muitos
significados. Às vezes quer dizer lealdade a determinada religião. Nesse sentido, podemos, por exemplo,
falar da "fé cristã" ou da
"fé islâmica".
Para religiões que se baseiam em crenças, a fé
também quer dizer que alguém aceita as visões dessa religião como verdadeiras. Para religiões que não se baseiam
em credos, por outro lado, significa que alguém é leal para com uma determinada
comunidade religiosa.
Algumas vezes, fé significa compromisso numa relação com Deus.
Nesse caso, a palavra é usada no sentido de fidelidade. Tal compromisso não precisa ser cego
ou submisso e pode ser baseado em evidências de carácter pessoal. Outras vezes
esse compromisso pode ser forçado, ou seja, imposto por uma determinada
comunidade ou pela família do indivíduo,
por exemplo.
Para muitos judeus, por exemplo, o Talmud mostra um compromisso cauteloso entre Deus e os israelitas. Para muitas pessoas, a fé, ou
falta dela, é uma parte importante das suas identidades.3
Muitos religiosos racionalistas, assim como pessoas
não-religiosas, criticam a fé, apontando-a como irracional. Para eles, o credo
deve ser restrito ao que é directamente demonstrado por lógica ou evidência, tornando inapropriado o uso da fé
como um bom guia. Apesar das críticas, seu uso como justificativa é bastante
comum em discussões religiosas, principalmente quando o crente esgota todas as
explicações racionais para sustentar a sua crença. Nesse sentido, geralmente as
pessoas racionais acabam aceitando-a como justificativa válida e honrosa,
provavelmente devido ao uso da palavra ser bastante impreciso, e geralmente
associado a uma boa atitude ou qualidade positiva. A atitude também não é
incomum entre alguns cientistas, com destaque
para os teístas; embora a ciência, ao menos como estipulada pelo método científico,
estabeleça um método de trabalho que exclui a fé e os credos como explicações
válidas para fenômenos e evidencias naturais. Em ciência as ideias devem ser testáveis
e por tal falseáveis, e o status de verdadeiro atrelado a uma ideia é
mantido apenas durante a ausência de fato ou evidência científica
contraditórios; e obrigatoriamente mediante a existência de fato(s) ou
fenômeno(s) científicos que impliquem corroboração.
Permanece um ponto merecedor de discussão saber se
alguém deve ou não usá-la como guia para tomar decisões, já que essas decisões
seriam totalmente independentes das de outras pessoas e muitas vezes contrárias
às delas, gerando consequências potencialmente danosas para o indivíduo e para
a sociedade de que faz parte. Um exemplo de consequências danosas, curiosamente
também fornecido por pessoas que aceitam o uso da fé (em seus casos
particulares), são os ataques terroristas, onde a suposição de que a fé é um
motivo válido para a crença e a admissão de que o terrorista pode alegar a fé
como justificativa do atentado deixa patente a gravidade do problema.
Algumas vezes, fé pode significar acreditar na existência de Deus. Para
pessoas nesta categoria, "Fé em Deus" simplesmente significa "crença de alguém em Deus".
Muitos Hindus, Judeus, Cristãos e Muçulmanos alegam
existir evidência histórica da existência de Deus e sua interacção com seres humanos. No entanto,
uma parte da comunidade de historiadores e especialistas discorda de
tais evidências. Segundo eles, não há necessidade de fé em Deus no
sentido de crer contra ou a despeito das evidências;
eles alegam que as evidências naturais são suficientes para demonstrar que Deus
certamente existe, e que credos particulares,
sobre quem ou o quê Deus é e por que deve-se acreditar nele são justificados
pela ciência ou pela lógica. Em uma perspectiva cristã protestante, foi no sentido definido pela
primeira alegação citada é que desenvolveu-se, segundo seus autores, a proposta
do Design Inteligente;
e segundo as críticas esse desenvolveu-se objetivando apoiar ambas as
alegações.
Consequentemente a maioria acredita ter fé em um
sistema de crença que é de algum
modo falso, o qual têm dificuldade em ao menos descrevê-lo. Isso é disputado,
embora, por algumas tradições religiosas, especialmente no Hinduísmo que sustenta a visão de que
diversas "fés" diferentes são só aspectos da verdade final que
diversas religiões têm dificuldade de descrever e entender. Essa tradição dizem
que toda aparente contradição será entendida uma vez que a pessoa tenha uma
experiência do conceitoHindu de moksha. O que se é acreditado em referência a Deus nesse
sentido é, ao menos no princípio, somente a confiança como evidência e a lógica
por qual cada fé é suportada.
Para a ciência, embora o então defendido credo e não
necessariamente fé em Deus (ou outra deidade) possa vir a mostrar-se plenamente
compatível com as evidências encontradas no mundo natural, tais evidências não
são suficientes para garantir ou mesmo implicar a hipótese de Sua(s)
existência(s) como certa. A definição mais difundida de Deus, aos olhos da
ciência, faz-se por sentença constitutiva notoriamente e certamente não
testável frente aos fatos naturais; e por tal é com elas sempre compatível,
seja qual for a evidência ou fenômeno, dadas a onipotência e transcendência de
Deus em sua definição tradicional. A não falseabilidade ou não testabilidade
atreladas às definições de Deus (e demais deidades) bem como aos fenômenos
sobrenaturais, não obstante justapostas às transcendências postuladas de tais
seres ou eventos causais, são responsáveis pelos Deus(es), deidades ou causas
sobrenaturais não figurarem como elementos ou hipóteses válidos no escopo
científico propriamente dito. A ciência segue, em decorrência, o método científico e
o naturalismo
metodológico. E nesses termos, Design Inteligente não
é ciência; e Deus encontra suporte apenas na fé!
Finalmente, alguns religiosos - e muitos dos seus críticos -
frequentemente usam o termo fé como afirmação da crença sem alguma prova, e até mesmo
apesar de evidências do contrário. Muitos judeus, cristãos e muçulmanos admitem que pode ser confiável
o que quer que as evidências particulares ou a razão possam dizer da existência
de Deus, mas que não é essa a base final e única de suas crenças. Assim, nesse sentido, "fé"
pode ser: acreditar sem evidências ou argumentos lógicos, algumas
vezes chamada de "fé implícita". Outra forma desse tipo de fé é ofideísmo: acreditar-se na existência de Deus,
mas não deve-se basear essa crença em outras crenças; deve-se, ao invés, aceitar isso sem
nenhuma razão. Fé, nesse sentido, simplesmente a sinceridade na fé, crença nas bases da crença, frequentemente é associado com Soren Kierkegaard e
alguns outros existencialistas,
religiosos e pensadores.4 William
Sloane Coffin fala que fé não é aceita sem prova, mas
confiável sem reserva
Judaísmo
A teologia Judaica atesta que a crença em
Deus é altamente meritória, mas não obrigatória. Embora uma pessoa deva
acreditar em Deus, o que mais importa é se essa pessoa leva uma vida decente.
Os racionalistas Judeus, tais como Maimónides, mantêm que a fé em Deus, como tal,
é muito inferior ao aceitar que Deus existe através de provas irrefutáveis.5
Na Tanakh
Ver artigo principal: Tanakh
Na Bíblia Hebraica a palavra hebraica emet ("fé")
não significa uma crença dogmática. Ao invés disso, tem uma conotação de
fidelidade (da forma passiva "ne'eman" = "de confiança" ou
"confiável") ou confiança em Deus e na sua palavra. A Bíblia hebraica
também apresenta uma relação entre Deus e os filhos de Israel como um
compromisso. Por exemplo, Abraão argumenta que Deus não deve destruir Sodoma e
Gomorra, e Moisés lamenta-se por Deus tratar os Filhos de Israel duramente.
Esta perspectiva de Deus como um parceiro com quem se pode pleitear é celebrada
no nome "Israel," da palavra Hebraica "lutar".
Segundo o pensamento cristão, todo o conjunto dos
ensinos transmitidos por Jesus Cristo e seus discípulos constitui
a "fé". (Gálatas 1:7-9) A fé cristã baseia-se em toda a Bíblia como a
Palavra de Deus, que inclui as Escrituras Hebraicas,
as quais Jesus e os escritores das Escrituras Gregas
Cristãs frequentemente citaram em apoio das suas declarações.
Segundo estas Escrituras, para ser aceitável a Deus, é necessário exercer fé em
Jesus Cristo, e isto torna possível obter uma condição justa perante Deus.
Novo Testamento
Ver artigo principal: Novo Testamento
Fé é acreditar em coisas que se
esperam, a convicção de fatos que se não vêem, independentemente daquilo que
vemos, ou ouvimos".
|
||
— Hebreus
11:1.
|
Na Bíblia, a palavra fé transmite a ideia de
confiança, fidúcia, firme persuasão. A fé é "o firme fundamento
das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se vêem" (Hebreus
11:1), é a convicção de algo subjacente a condições visíveis e que
garante uma posse futura, sendo a base de esperança para se ter convicção a
respeito de realidades não vistas. SegundoRomanos
10:17 a fé vem pelo aprendizado da bíblia.
Comentando a função da fé em relação ao convénio
com Deus, o escritor das cartas aos Hebreus traduz fé com a mesma palavra que
geralmente aparece em antigos papiros oficiais de negócios, dando a ideia que
um convénio é uma troca de garantias que garantam que futuras transferência de
posses descritas no contrato. Nessa visão, Moulton e Milligan sugerem a
redenção: "Fé é o título da ação esperada.".6 Sintetizando o conceito, no Novo Testamento a fé é a relação sobre a
auto-revelação de Deus, especialmente no sentido de confidência com as
promessas e medo de ameaças que estão nas escrituras. Os escritores
evidentemente supõem que os seus conceitos de fé estão enraizados nas
escrituras hebraicas. No mais, os escritores do Novo Testamento igualam fé em
Deus com crença em Jesus.
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