A divulgação da "comunidade monástica comunhão e misericórdia", e toda a história real de santa Faustina e Jesus misericordioso.
Antes de tudo, convém lembrar que a Páscoa cristã
tem a sua origem no judaísmo: ainda é uma festa celebrada solenemente pelos
judeus, comemorando a passagem deste povo pelo Mar Vermelho, deixando atrás de
si séculos de escravidão. A dramática noite de saída das terras do Egito em
direção à Terra Prometida é celebrada até hoje pelo povo da Antiga Aliança.
Nosso Senhor Jesus Cristo celebrou muitas vezes
esta Festa judaica. Sua última e derradeira Páscoa, Ele a quis celebrar com
seus Apóstolos, no Cenáculo. Foi exatamente nesta celebração, que
deixou-nos instituída a Sagrada Eucaristia, alimento especial, Maná da vida
eterna.
Portanto, a Páscoa cristã enraíza-se naquela que os
judeus celebravam, no sentido de ter nela uma “imagem” de sua realidade: nós
cristãos, na Páscoa, celebramos a “passagem” de Jesus Cristo, Nosso Senhor, da
morte para a vida, ou seja, a vitória definitiva da Graça de Deus sobre o
pecado. As trevas do pecado são destruídas pela luminosa Luz que é o Cristo
Ressuscitado. “Com sua morte, Ele destruiu a morte e com Sua Ressurreição,
deu-nos a vida”.
Assim, a celebração pascal e o decorrente tempo
pascal são vividos com profunda alegria. A mensagem que a Igreja proclama nestes
dias é a mensagem da alegria, da esperança: O Senhor venceu o pecado e a morte.
Exultemos de alegria!
Pelo Batismo, cada um de nós começa a ter
participação neste processo salvífico de passagem da morte para a vida
definitiva. Nas águas batismais, encontramos a fonte da regeneração para a vida
eterna. Aí, recebemos um novo destino: a felicidade eterna com Deus, no
céu. Esta graça deve-se à entrega generosa de Cristo na cruz e à sua
vitória sobre o pecado e a morte..
Cristo
ressuscitou!
Esta é a grande notícia que a Igreja proclama na
Páscoa: Cristo está vivo. Como nos diz São Paulo, na Carta aos Coríntios: “Ele
apareceu para mais de quinhentos irmãos, dos quais muitos ainda estão vivos”. É
o testemunho de São Paulo, que hoje se faz atual, e que produz esta alegria tão
grande entre nós. Este testemunho ainda tão vivo, no passado, levou muitos de
nossos primeiros irmãos na fé a anunciarem o Evangelho de Cristo em um mundo
pagão. Hoje, no meio de uma sociedade paganizada, somos nós os que somos
chamados a anunciar com nossa vida, com nosso amor a Cristo, com nossa
participação na Igreja de Cristo esta alegre notícia pascal.
Vivemos tempos difíceis para o mundo. Vivemos
tempos de purificação para a Igreja. Esta, é como uma árvore que está sendo
sacudida pelo vento do Espírito Santo de Deus. Muitas folhas secas, já mortas,
e muitos frutos apodrecidos e decompostos, estão caindo pelo chão, liberando a
Igreja de pesos inúteis. Enquanto muita gente sem fé vê crise na Igreja, nós
que temos fé, e acreditamos na Palavra de Cristo, vemos este período como um
tempo de renovação e de purificação.
Nosso Senhor garantiu isto à sua Igreja: “Eis que
estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”.
Cristo venceu a morte. Ele está vivo, e não
abandona a Sua Igreja. Durante todo o tempo de sua existência, a Igreja passou
por crises imensas. E Cristo sempre foi seu apoio e sustento. Não irá
abandoná-la agora.
Rezemos pela Igreja.
Rezemos, de maneira especial, pelo Santo Padre, o
Papa Bento XVI, para que o Senhor o conserve e o guarde, e o fortaleça na sua
missão de confirmar a fé dos irmãos e irmãs.
Uma Santa e Feliz Páscoa para todos.
Fonte: CNBB
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