quinta-feira, 9 de maio de 2013

Padre Antonio Vieira

A divulgação da "comunidade monástica comunhão e misericórdia", e toda a história real de santa Faustina e Jesus misericordioso.


Padre António Vieira


Religioso português

História e Biografia do Padre Antonio Vieira


António Vieira (1608-1697) foi um religioso, escritor e orador português. Lutou contra a escravidão dos índios, numa época em que era normal ter escravos. Defendeu a liberdade religiosa, num tempo em que os suspeitos de heresia eram condenados pela inquisição. Entrou para a Companhia de Jesus e ainda noviço foi indicado para redigir a carta,com os relatos das atividades dos jesuítas, enviada anualmente a seus superiores em Lisboa.
António Vieira (1608-1697) nasceu em Lisboa, na rua do Cônego, próximo a Sé, no dia 6 de fevereiro de 1608. Filho de Cristóvão Vieira Ravasco e Maria de Azevedo. Seu pai era escrivão da inquisição e foi nomeado para o cargo de escrivão em Salvador e só em 1614 sua família veio para o Brasil. António Viera tinha 6 anos na época.
Foi no Colégio dos Jesuítas, em Salvador, o único na época, que António Vieira estudou. Em 1623 descobriu a vocação para o sacerdócio e entrou para a Companhia de Jesus. Em 1626, ainda noviço, se destacou nos estudos sendo indicado para redigir as atividades dos Jesuítas, em carta anual, remetida para os superiores em Lisboa.
António Vieira, de noviço passou a estudante de teologia. Fez curso de lógica, física, economia e matemática. Em 1627 começou a dar aulas de retórica em Olinda. Em 1633 começou suas pregações, visitando as aldeias indígenas, próximas da cidade. No ano seguinte se ordena sacerdote e em 1638, passou a dar aulas de teologia. Como pregador em cima de um púlpito, sua fama se espalhou, defende a colônia, se rebela contra a escravidão e clama pela expulsão dos holandeses em Pernambuco.
Em 1640, em Portugal, D João IV sobe ao trono, restaurando a monarquia, depois de sessenta anos de reis espanhóis. Em fevereiro de 1641, António Vieira parte para Lisboa. Em 1642 seus sermões já haviam conquistado o rei e a rainha D. Luísa. Torna-se o guardião da Coroa. Em seus sermões procura apoio para o rei diante de uma reunião com os representantes do povo, a nobreza e o clero, onde se votariam os tributos para a continuação da guerra com a Espanha.
Inicia-se em Portugal nessa época, uma disputa entre jesuítas e dominicanos. Os jesuítas propagavam a fé através da catequese, enquanto os dominicanos se propunham a defendê-la organizando os tribunais da Inquisição. António Vieira propõe anistia aos judeus e a volta deles para Portugal, uma vez que a maioria era comerciante e seriam de grande valor para o reino. Sugere a criação de companhias mercantis, uma Oriental e outra Ocidental.
António Vieira foi nomeado embaixador para negociar a paz com a Holanda, que recusava todas as propostas para retirar-se de Pernambuco. Viaja para Paris e em seguida para Holanda. De volta ao Brasil, segue para o Maranhão com o objetivo de libertar os índios injustamente cativos. Em 1661 foi expulso do Maranhão, pelos senhores de escravos que não aceitavam sua ideias. Voltou para Lisboa onde foi preso pela inquisição, que o acusou de heresia. Anistiado em 1669, viajou para Roma, quando foi absolvido pelo Papa em 1675.
Padre António Vieira abandonou definitivamente a Corte, voltou para Bahia, onde entre os anos de 1681 e 1694 dedicou-se a ordenar seus sermões para transformá-los em livros. Doente e quase cego, fez suas últimas pregações. Deixou mais de 200 sermões e 700 cartas. Padre António Vieira morreu em Salvador, Bahia, no dia 17 de junho de 1697.

Obras do Padre António Vieira


Sermão da Sexagenária; Sermão de Santo Antônio aos Peixes; Sermão do Mandato
Sermão de São Pedro; Sermão de São Roque; Sermão de Santa Teresa
Sermão de Todos os Santos; Sermão do Espírito Santo; Sermão de Nossa Senhora do Rosário; Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal Contra a Holanda; 
Cartas; História do Futuro Esperanças de Portugal. 



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