quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Novena da Divina Misericórdia


A Indulgência Plenária na Festa da Divina Misericórdia. Jesus Cristo ditou a Irmã Faustina o Terço da Misericórdia Divina em Vilnius (Lituânia), nos dias 13-14 de setembro de 1935, como uma oração para aplacar a ira divina e pedir perdão pelos nossos pecados e pelos pecados do mundo inteiro. Disse-lhe que rezando dessa forma as suas orações teriam grande poder pela conversão dos pecadores, pela paz para os moribundos e mesmo para controlar a natureza.

AS PROMESSAS:
As promessas que Jesus Cristo fez a Santa Faustina a quem rezasse [o Terço da Divina Misericórdia] > "Por ele [o Terço da Divina Misericórdia] conseguirás tudo, se o que pedires estiver de acordo com a Minha vontade" (Diário, 1731). > "Recita, sem cessar, este Terço que te ensinei. Todo aquele que o recitar alcançará grande misericórdia na hora da sua morte. Os sacerdotes o recomendarão aos pecadores como a última tábua de salvação. Ainda que o pecador seja o mais endurecido, se recitar este Terço uma só vez, alcançará a graça da Minha infinita misericórdia" (Diário, 687). > "Pela recitação deste Terço agrada-Me dar tudo o que Me peçam. Quando os pecadores empedernidos o recitarem, encherei de paz as suas almas, e a hora da morte deles será feliz. Escreve isto para as almas atribuladas: Quando a alma vir e reconhecer a gravidade dos seus pecados, quando se abrir diante dos seus olhos todo o abismo da miséria em que mergulhou, que não se desespere, mas antes se lance com confiança nos braços da Minha misericórdia, como uma criança no abraço da sua querida mãe. Essas almas têm prioridade no Meu Coração compassivo, elas têm primazia à Minha misericórdia.
Diz que nenhuma alma que tenha invocado a Minha misericórdia se decepcionou ou experimentou vexame. Tenho predileção especial pela alma que confiou na Minha bondade. "Escreve que, quando recitarem esse Terço junto aos agonizantes, Eu Me colocarei entre o Pai e a alma agonizante não como justo Juiz, mas como Salvador misericordioso" (Diário, 1541). > "Defendo toda alma que recitar esse terço na hora da morte, como se fosse a Minha própria glória, ou quando outros o recitarem junto a um agonizante, eles conseguem a mesma indulgência. Quando recitam esse terço junto a um agonizante, aplaca-se a ira de Deus, a misericórdia insondável envolve a alma "(Diário, 811).
COMO REZAR: O TERÇO À DIVINA MISERICÓRDIA
Para ser rezado nas contas do terço.
No começo: Fazer o Sinal da Cruz e rezar: o Pai Nosso, Ave Maria e o Creio.

Pai Nosso.
Pai nosso, que estais no céu, santificado seja o Vosso nome, venha a nós o Vosso Reino, seja feita a Vossa vontade, assim na terra como é no céu. O pão nosso de cada dia, nos dai hoje, perdoai as nossas dívidas, assim como nós perdoamos os nossos devedores, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal, Amém.

Ave-Maria.
Ave-Maria cheia de graças, o Senhor é convosco, bendita sois Vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus. Santa Maria Mãe de Deus e nossa Mãe, rogai por nós os pecadores, agora e na hora de nossa morte, amém.

Creio.
Creio em um só Deus, Pai todo poderoso, Criador do Céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, JESUS CRISTO, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz de luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos Céus. E se encarnou pelo ESPÍRITO SANTO, no seio da Virgem MARIA e se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as escrituras; e subiu aos Céus, onde está sentado à direita do PAI. De novo há de vir em Sua Glória, para julgar os vivos e os mortos; e o Seu Reino não terá fim. Creio no ESPÍRITO SANTO, Senhor que dá a vida, e procede do PAI. Com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: ELE que falou pelos profetas. Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para a remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos, e a vida do mundo que há de vir. Amém.

A seguir, nas contas grandes (do Pai-Nosso), rezamos:

Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e o Sangue, a Alma e a Divindade do Vosso Diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e dos do mundo inteiro.

Nas contas pequenas (da Ave-Maria), rezamos:

Pela Sua dolorosa Paixão; tende misericórdia de nós e do mundo inteiro. E no final do terço rezamos três vezes:
Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro.







A NOVENA À DIVINA MISERICÓRDIA

(Do DIÁRIO de santa Irmã Faustina)
"NOVENA à Misericórdia Divina que Jesus me mandou escrever e rezar antes da Festa da Misericórdia, Começa na sexta-feira Santa. (A Festa da Misericórdia Divina acontece no primeiro domingo após a Páscoa.)
Desejo que, durante estes nove dias, conduzas as almas à fonte da Minha misericórdia, a fim de que recebam força, alívio e todas as graças de que necessitam nas dificuldades da vida e, especialmente na hora da morte. Cada dia conduzirás ao Meu Coração um grupo diferente de almas e as mergulharás nesse oceano da Minha misericórdia. Eu conduzirei todas essa almas à Casa de Meu Pai. Procederás assim nesta vida e na futura. Por Minha parte, nada negarei àquelas almas que tu conduzirás à fonte da Minha misericórdia. Cada dia pedirás a Meu Pai, pela Minha amarga Paixão, graças para essas almas.

Primeiro Dia – (Sexta-feira Santa).
Hoje, traze-Me a Humanidade inteira, especialmente todos os pecadores e mergulha-os no oceano da Minha misericórdia. Com isso Me consolarás na amarga tristeza em que Me afunda a perda das almas.
Ó onipotência da misericórdia divina,
Socorro para o homem pecador,
Vós sois o oceano de misericórdia a de amor,
E ajudais a quem Vos pede humildemente.
Eterno Pai, olhai com misericórdia para toda Humanidade, encerrada no Coração compassivo de Jesus, mas especialmente para os pobres pecadores. Pela Sua dolorosa Paixão mostrai-nos a Vossa misericórdia, para que glorifiquemos a onipotência da Vossa misericórdia, pelos séculos dos séculos. Amém.

Segundo Dia – (Sábado Santo).
Hoje, traze-Me as almas dos sacerdotes e religiosos e mergulha-as na Minha insondável misericórdia. Elas Me deram força para suportar a amarga Paixão. Por elas, como por canais, corre para a humanidade a minha Misericórdia.
A fonte do amor divino.
Mora nos corações puros,
Banhados no mar da misericórdia,
Brilhantes como as estrelas, luminosos como a aurora.
Eterno Pai, dirigi o olhar da Vossa misericórdia para a porção eleita da Vossa vinha: Para as almas dos sacerdotes e religiosos. Concedei-lhes o poder da Vossa bênção e, pelos sentimentos do Coração de Vosso Filho, no qual estão encerradas, dai-lhes a força da Vossa luz, para que possam guiar os outros nos caminhos da salvação, e juntamente com eles cantar a glória da Vossa insondável misericórdia, pelos séculos eternos. Amém.

Terceiro Dia – (Dia de Páscoa).
Hoje, traze-Me todas as almas piedosas e fiéis e mergulha-as no oceano da Minha misericórdia. Estas almas consolaram-Me na Via-sacra; foram aquela gota de consolações em meio ao mar de amarguras.

As maravilhas da misericórdia são insondáveis;
Nem o pecador nem o justo as entenderá;
Para todos olhais com o olhar da compaixão
E a todos atraís para o Vosso amor.
Eterno Pai, olhai com o olhar da Vossa misericórdia para as almas fiéis, como a herança do Vosso Filho. Pela Sua dolorosa Paixão concedei-lhes a Vossa bênção e cercai-as da Vossa incessante proteção, para que não percam o amor e o tesouro da santa fé, mas com toda multidão dos Anjos e dos Santos glorifiquem a Vossa imensa misericórdia, por toda a eternidade. Amem.

Quarto Dia
Hoje, traze-Me os pagãos e aqueles que ainda não Me conhecem e nos quais pensei na Minha amarga Paixão. O seu futuro zelo consolou o Meu Coração. Mergulha-os no mar da Minha misericórdia. Misericordiosíssimo Jesus, que sois a luz de todo o mundo, aceitai ma mansão do Vosso compassivo Coração as almas dos pagãos que ainda não vos conhecem. Que os raios da Vossa graça os iluminem para que também eles, juntamente conosco, glorifiquem, as maravilhas de Vossa Misericórdia e não os deixeis sair da mansão do Vosso compassivo Coração.
Que a luz do Vosso amor
Ilumine as trevas das almas!
Fazei que essas almas Vos conheçam
E glorifiquem a Vossa misericórdia, juntamente conosco!
Eterno Pai, olhai com misericórdia para as almas dos pagãos e daqueles que ainda não Vos conhecem e que estão encerrados no Coração compassivo de Jesus. Atraí-as à luz do Evangelho. Essas almas não sabem que grande felicidade é amar-Vos. Fazei com que também elas glorifiquem a riqueza da Vossa misericórdia, por toda a eternidade. Amém.

Quinto Dia

Hoje traze-me as almas dos cristãos separadas da unidade da Igreja e mergulha-as no mar da Minha misericórdia. Na minha amarga Paixão dilaceravam o meu Corpo e o meu Coração, isto é, a minha Igreja. Quando voltam à unidade da Igreja, cicatrizam-se as minhas Chagas e dessa maneira eles aliviam a minha Paixão.
Mesmo para aqueles que rasgaram o manto da Vossa Unidade
Flui do Vosso Coração uma fonte de compaixão;
A onipotência da Vossa misericórdia, ó Deus,
Pode tirar também essas almas do erro.

Eterno Pai, olhai com misericórdia para as almas dos nossos irmãos separados que esbanjaram os Vossos bens e abusaram das Vossas graças, permanecendo teimosamente nos seus erros. Não olheis para os seus erros, mas para o amor do Vosso Filho e para sua amarga Paixão, que suportou por eles, pois também eles estão encerrados no Coração compassivo de Jesus. Fazei com que também eles glorifiquem a Vossa misericórdia por todos os séculos eternos. Amém

Sexto Dia
Hoje, traze-me as almas mansas e humildes, assim como as almas das criancinhas e mergulha-as na Minha misericórdia. Estas almas são as mais semelhantes ao meu Coração. Elas reconfortaram-Me na minha amarga Paixão da minha agonia. Eu as vi quais anjos terrestres que futuramente iriam velar junto aos meus altares. Sobre elas derramo torrentes de graças. Só a alma humilde é capaz de aceitar a minha graça; às almas humildes favoreço com a minha confiança.

A alma verdadeiramente humilde e mansa
Já respira aqui na terra o ar do paraíso,
E o perfume do seu coração humilde
Encanta o próprio Criador.

Eterno Pai, olhai com misericórdia para as almas mansas, humildes e para as almas das criancinhas, que estão encerradas na mansão compassiva do Coração de Jesus. Estas almas são as mais semelhantes a Vosso Filho. O perfume destas almas eleva-se da Terra e alcança o Vosso Trono. Pai de misericórdia e de toda bondade, suplico-Vos pelo amor e predileção que tendes para com estas almas: abençoai o mundo todo, para que todas as almas cantem juntamente a glória à Vossa misericórdia, pelos séculos eternos. Amém

Sétimo Dia
Hoje, traze-Me as almas que veneram e glorificam de maneira especial a Minha misericórdia e mergulha-as na Minha misericórdia. Estas almas foram as que mais sofreram por causa da minha Paixão e penetraram mais profundamente no meu espírito. Elas são a imagem viva do meu Coração compassivo. Estas almas brilharão com especial fulgor na vida futura. Nenhuma delas irá ao fogo do Inferno; defenderei cada uma delas de maneira especial na hora da morte.

A alma que glorifica a bondade do Senhor
É por Ele especialmente amada;
Ela está sempre próxima da fonte viva
E bebe as graças da misericórdia divina.

Eterno Pai, olhai com misericórdia para as almas que glorificam e honram o Vosso maior atributo, isto é, a Vossa insondável misericórdia. Elas estão encerradas no Coração compassivo de Jesus. Estas almas são o Evangelho vivo e as suas mãos estão cheias de obras de misericórdia; suas almas repletas de alegria cantam um hino da misericórdia ao Altíssimo. Suplico-Vos, ó Deus, mostrai-lhes a Vossa misericórdia segundo a esperança e a confiança que em Vós colocaram. Que se cumpra nelas a promessa de Jesus, que disse: As almas que veneram a Minha insondável misericórdia, Eu mesmo as defenderei durante a sua vida, e especialmente na hora da morte, como Minha glória. Amém

Oitavo Dia
Hoje, traze-Me as almas que se encontram na prisão do Purgatório e mergulha-as no abismo da Minha misericórdia; que as torrentes do meu Sangue refresquem o seu ardor. Todas estas almas são muito amadas por Mim, pagam as dívidas à minha Justiça. Está em teu alcance trazer-lhes alívio. Tira do tesouro da minha Igreja todas as indulgências e oferece-as por elas. Oh, se conhecesses o seu tormento, incessantemente oferecerias por elas a esmolas do espírito e pagarias as suas dívidas à minha Justiça.

Do terrível ardor do fogo do purgatório
Ergue-se um lamento das almas a Vossa misericórdia;
E recebem consolo, alívio e conforto
Na torrente derramada do Sangue e da Água.

Eterno Pai, olhai com misericórdia para as almas que sofrem no Purgatório e que estão encerradas no Coração compassivo de Jesus. Suplico-Vos que, pela dolorosa Paixão de Jesus, Vosso Filho, e por toda a amargura de que estava inundada a sua Santíssima Alma, mostreis Vossa misericórdia às almas que se encontram sob o olhar da Vossa justiça. Não olheis para elas de outra forma senão através das Chagas de Jesus, Vosso Filho muito amado, porque nós cremos que a Vossa bondade e misericórdia são incomensuráveis. Amém

 




Nono Dia – (Sábado, vigília da Festa da Misericórdia)

Hoje, traze-Me as almas tíbias e mergulha-as no abismo da Minha misericórdia. Estas almas ferem mais dolorosamente o meu Coração. Foi da alma tíbia que a minha Alma sentiu repugnância no Horto. Elas levaram-Me a dizer: Pai afasta de Mim este cálice, se assim for a vossa vontade. Para elas, a última tábua de salvação é recorrer a minha Misericórdia.

O fogo e o gelo não podem ser unidos,
Porque ou o fogo se apaga, ou o gelo se derrete;
Mas a Vossa misericórdia, ó Deus,
Pode auxiliar indigências ainda maiores.
Eterno Pai, olhai com Vossa misericórdia para as almas tíbias e que estão encerradas no Coração compassivo de Jesus. Pai de Misericórdia, suplico-Vos pela amargura da Paixão de Vosso Filho e por Sua agonia de três horas na Cruz, permiti que também elas glorifiquem o abismo da Vossa misericórdia... Amém" (Diário 1209-1228).

Na NOVENA: "O Senhor me disse para rezar o Terço [da misericórdia] por nove dias antes da Festa da Misericórdia (...)
Através desta novena concederei às almas toda espécie de graças" (Diário 796).

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Santo Padre Pio - Homem de muita Oração e Fé


A vida de São Padre Pio de Pietrelcina..Publicado em maio 22, 2007 por equipederetiros. Homem segundo coração de Deus, exemplo de fidelidade, santidade e intimidade com o Senhor. Morreu dia 23 de setembro de 1968.
Desde pequeno, Francisco Forgione era de profunda oração. Menino calado, raríssimas vezes aceitava estar com amigos para brincar, pois eles sempre falavam blasfêmias e, isso doía muito em seu coração. Nas horas de folga, sempre que podia, ia à Igreja de São Pio V para rezar. Outras vezes, gostava de estar sozinho para rezar, sentado embaixo de uma árvore, num recanto da propriedade de sua família. Foi aos cinco anos que ele decidiu que queria ser franciscano. O hábito e o modo de vida de São Francisco o encantavam.
Desde cedo, sua aspiração de santidade foi de travar grandes batalhas entre a carne e o demônio, que, já na infância, lhe aparecia em sonhos em formas horríveis. Mais tarde, ao longo de sua vida, ele apareceu de maneira direta.

Penitência e mortificação o acompanharam durante toda a sua vida. Certa vez, sua mãe o encontrou ainda menino dormindo no chão, onde somente havia uma pequena almofada, e pensou, por quantas noites ele já não teria feito aquilo. Porém, Deus nunca o abandonou e lhe foram proporcionadas visões consoladoras de Jesus, Nossa Senhora e de seu anjo da guarda. Certa vez, após a comunhão, ele se viu num grande salão entre dois grupos de pessoas. O primeiro grupo com semblante tranqüilo e o segundo com aparência terrível. Mas ao fundo do salão apareceu Jesus que veio dar-lhe forças.
Percebendo que não somente deveria aliviar o sofrimento espiritual, recebeu de Deus a impiração de Construir um grande hospital, o tão conhecido “Casa Alívio do Sofrimento”, que viria a ser o referêncial em toda a Europa. Mesmo com o seu ministério sacerdotal vitimado por calúnias injustificáveis, não se arrefeceu o coração para com a Igreja por quem tinha grande apreço e admiração. Sabia muito bem distinguir de onde provinham as calúnias, sendo estas vindas por parte de alguns da Igreja, e não da Igreja mãe e mestra a quem ele tanto amava. Viveu 50 anos com os estigmas, os quais lhes causaram grandes sofrimentos. As suas chagas exalavam um agradável perfume de flores. Ministro sagrado, apaixonado pelo sacerdócio que dedicava a sua vida pela salvação das almas pelo sacramento da confissão. Recebeu dons extraordinários, como o de bilocação, que consiste estar em dois lugares ao mesmo tempo. Entre os tantos relatos de bilocação, há o contado por Dom Luigi Orione também proclamado recentemente santo.
Santo Orione contou que em 1925, sendo um dos tantos devotos de Santa Teresa de Lisieux, encontrava-se na praça de São Pedro para as celabrações em honra da mística francesa quando apareceu inesperadamente em sua frente Padre Pio. Todavia, segundo o relato de muitas pessoas, Pio nunca saiu do convento onde vivia de 1918 até sua morte. Era madrugada do dia 23 de setembro de 1968, no seu quarto conventual com o terço entre os dedos repetindo o nome de Jesus e Maria, descança em paz aquele que tinha abraçado a cruz do Cristo, fazendo desta a ponte de ligação entre a terra e o céu. Morte suave de quem havia completado a missão, de quem agora retornaria ao seio do Pai em quem tanto confiou. Hoje são muitas as pessoas que se juntaram a fileira dos seus devotos e filhos espirituais em vários grupos de oração que se espalharam pelo mundo. É o próprio padre Pio que diz: “Ficarei na porta do Paraíso até o último dos meus filhos entrar”.

Em 21 de janeiro de 1990 Padre Pio foi proclamado “venerável”, beatificado em 2 de maio de 1999 e tornou-se santo em 16 de junho de 2002, proclamado na Praça de São Pedro pelo pontífice Papa João Paulo II como São Pio de Pietrelcina.
A sua festa litúrgica é celebrada dia 23 de setembro. ‘Padre Pio é um daqueles homens extraordinários que Deus envia de vez em quando à terra para converter os homens‘. – Papa Bento XV. São Padre Pio de Pietrelcina: Rogai por nós !! Equipe de Retiros São Pio de Pietrelcina. São Pio de Pietrelcina é um dos maiores santos do nosso tempo.Contudo, apesar disso, tantos homens continuam distantes de Deus. Saibamos ser merecedores da sua passagem terrena que foi uma luz para nos ajudar a seguir o caminho do Céu.
São Pio de Pietrelcina, que tão cedo aprendes-te a contactar com Jesus e a não rejeitar a Sua Cruz, roga por nós junto do Pai e que Ele perdoe a nossa ingratidão. Santo Pio pelas tua chagas e santas chagas de Jesus,pelo amor que teve porele rogai por nos aqui pecadores pra sermos fieis aos encinamentos de Jesus e convertei aqueles que tem o coração duro. Santo pio obrigsdo pela graça recebida amem. A História de são pio me encanta,cada vez que vejo um pedacinho de seus acontecimentos! Admiro muito a umildade que dele fazia parte,um servo que se entrega totalmente para Jesus Cristo,aquele tb que sentiu as chagas de Cristo,mais que venceu todo maligno. Sua fé,determinação,coragem,simplicidade,é fruto para minha vida.Eu que sou uma jovem,hj tento viver a santidade como São Pio viveu e se entregou profundamente para Nosso Senhor!Cultive essa fé!!paz e bem para todos. Não se desvie do bom caminho por se distrair tanto com as coisas desse mundo” São Pio.

Santa Terezinha do Menino Jesus

Santa Terezinha.
SANTA TEREZINHA DO MENINO JESUS

O presente texto foi produzido em 1997 e caracteriza-se como um comentário à obra de Santa Teresinha de Jesus – História de uma alma . ( São Paulo: Edições Loyola, 1996 ) A história de um encontro segundo um momento de oração. Quando participava das atividades da Igreja Católica, enquanto jovem, valorizava um santo como São Francisco de Assis que de uma posição de homem rico opta pela situação de um pobre, rompe com o pai em nome de um caminho de fé, depois ele e seu grupo de seguidores têm a ousadia de se dirigir ao Papa Inocêncio III para obter a provação de suas regras, e em seguida vão ao Oriente Médio e tentam converter, simplesmente, o sultão - líder dos muçulmanos. Ao longo de sua curta vida ( 1182 - 1226 ) agrega milhares de pessoas que passam a comungar o seu ideal. Poxa, pensava, que vida ! [1]
E Santa Terezinha do Menino Jesus ? Nunca conheceu a pobreza material, teve uma família feliz, por sinal muito feliz, embora perdesse a mãe muito cedo, o que deve ser uma perda dolorosísima de modo que muitos que já viveram esta experiência, se pudessem optar, prefeririam em perder os seus bens materiais mas não um ente querido. Depois o silêncio, o silêncio de um claustro que ela deixou de experimentar quando morreu ainda cedo, muito cedo, com apenas 25 anos incompletos. De ato concreto de sua passagem na Terra não deixou nenhuma ordem fundada, nem propiciou a criação de novos prédios, porém deixou páginas preciosas de sua vida interior que a tantos ilumina e incentiva. Eis o segredo de Santa Terezinha do Menino Jesus - o de ser uma santa no lugar comum, na vida cotidiana, sem espalhafatos, sem grandes movimentos, é como se DEUS indicasse que a santidade também se obtêm na vida obscura. Com Santa Terezinha do Menino Jesus DEUS resolveu escrever no silêncio! Na verdade só vim a perceber a vitalidade de Santa Terezinha do Menino Jesus ao ler a obra Teresa de Lisieux de Henri Ghéon editado pela editora Quadrante em 1996. A sensação ao ler este livro era de difícil expressão; da leitura ficou uma sensação de que ela encontrou alguma “coisa diferente”, e a encontrou se portando enquanto uma criança.

A vida de Santa Terezinha do Menino Jesus expressa, de um lado, uma meiguice, uma candidez, um respeito à natureza e às pessoas que a cercavam, mas, por outro lado, fica explícito que a mesma tinha uma têmpera, uma força interior fincada numa descoberta. Esta descoberta, ao contrário de um São Paulo que precisou cair literalmente do cavalo para descortinar o mundo da fé, ou de um Santo Agostinho que teve em sua mãe a verdadeira embaixatriz do Evangelho que tanto chorou por ele. [2] A conversão de Santa Terezinha do Menino Jesus ocorreu tão naturalmente quanto o fluxo do leite que sai do seio materno para a sua filha. A evangelização de Santa Terezinha do Menino Jesus começou no colo da mãe, e depois passou para o ombro do pai. Até nisso, a conversão de Santa Terezinha do Menino Jesus é natural, nada de excepcional, coisa que qualquer pai e mãe não relaxados com a educação religiosa de seus filhos pode vir a realizar. Da leitura da obra de Henri Ghéon sobressaiu-me a vontade de conhecer Santa Terezinha do Menino Jesus e passei a procurar em diferentes locais o tão citado livro - A história de uma alma . [3] Acredito que a valoração que passei a dar à Santa Terezinha do Menino Jesus decorreu de uma maior maturidade adquirida com o avanço da idade. Interessante, na via a DEUS a maturidade nos leva a apreciar a criança que ELE tanto procura encontrar nas pessoas. E neste caso, Santa Terezinha do Menino Jesus veio para demonstrar que o lugar comum: ponto de ônibus, a queixa de um parente, os desencontros no ambiente profissional, tudo isto podem ser transformados em momentos alegres para DEUS. Sim, isto mesmo, Santa Terezinha do Menino Jesus fazia DEUS sorrir quando, por exemplo, fugia de uma Irmã do Carmelo para evitar discussão [4] , ou ainda se obrigava a estar com as Irmãs que lhe menos agradava [5] , e assim por diante. Porém, se entendemos que o caminho de Santa Terezinha do Menino Jesus vem a ser empreendido a partir das circunstâncias comuns do cotidiano de qualquer pessoa, isto não significa que por esta via a pessoa venha a ser também comum , temos de ser heróis, heróis do cotidiano. A rigor, mesmo os mais poderosos homens que surgiram entre nós, como Napoleão Bonaparte, tiveram as suas vidas marcadas por vicissitudes e delicadezas que nada se aproximavam da figura idealizada que somos levados a apreender , aliás, de Napoleão Bonaparte, ele dizia que era capaz de controlar um país - a França - e diversas tropas para a guerra, mas não vencia o temperamento de sua mulher !


Nenhum santo nasce pronto, a rigor qualquer santo assim o foi por um ato de vontade e de superação de si mesmo. A luta que Santa Terezinha do Menino Jesus empreende não vem a ser pautada por odiar a sua natureza humana , ou de entender que esta vida passageira não vale a pena, e sim, por entender que a natureza ( seja do seu corpo ou fora dele ), assim como do próprio tempo, breve tempo que nós dispomos, são os meios que temos para chegarmos a DEUS. Uma aproximação feita a partir da luta ... não é duro à pessoa humana procurar através do ato da fé um novo proceder ao combater a gula, a ira, etc. ? Santa Terezinha do Menino Jesus passou a vida olhando para o céu e o céu olhando para ela. O que há de estranho nisto ? É de um DEUS que assume a altura de uma criança para comentar o mundo. Santa Terezinha do Menino Jesus prima pela busca do sacrifício, ela valoriza a dor, mas não a busca, por exemplo, no cenário de uma guerra, ... não, ela não precisava ir tão longe. A dor que Santa Terezinha do Menino Jesus destaca vem a ser aquela que a própria vida nos fornece e que DEUS permite que ocorra, seja pelos pequenos aborrecimentos do dia a dia do tipo: “suportar” uma conversa maçante, não enraivecer-se com o motorista de ônibus ( o que implica ter uma auto-disciplina interior adquirida com a mortificação ), desculpar uma ofensa, ou então pelos grandes acontecimentos dados pelas doenças graves e falecimento.
A princípio, esta busca da dor, com lentes humanas poderia ser reprovável. Afinal, estaria tolhendo a personalidade, estaria forjando um caráter recalcado... Não, absolutamente não, o que ela nos ensina vem a ser que na vida da Graça a nossa natureza deve estar submetida a vida do espírito. A presença de DEUS em nós pressupõe uma abertura ao outro, uma busca ao bem do outro, e no entanto, pelos impulsos de nosssa natureza o que se busca é o bem do próprio corpo. A natureza é essencialmente voltada para si. Assim, fica instalada uma espécie de exercício no qual embora precisando do corpo, sem ele nada somos, porém com ele e vivendo para ele somos menos ainda. A pequena via de Santa Terezinha do Menino Jesus vem no sentido que as próprias agruras do dia a dia nos ensina o desabrochar a nossa vida espiritual ao vencermo-nos em favor do outro. Certamente é uma peleja dura pois nem sempre o outro detém o mesmo espírito. Aí reside a distinção do caminho de Santa Terezinha do Menino Jesus . Esta busca do outro pela pequena via não vem a ser fundamentalmente um trabalho ascético de caráter moralista ou ainda por puro sentimento filantrópico na busca do outro; mas sim, por este caminho, Santa Terezinha do Menino Jesus procura, no fundo, a DEUS . [6] Uma busca que passa pela superação de si visando o outro porém não termina aí. Na superação de si e encontrando o outro tem-se melhores condições de se ver DEUS.
Porém, o que chama atenção neste encontro de Santa Terezinha do Menino Jesus com DEUS é a sua forma serena, ao contrário do que ocorreu com outros santos com quem os encontros ocorreram não raro abruptamente, é o crescimento de Santa Terezinha do Menino Jesus neste encontro de forma misteriosa. Poderíamos nos atrever a afirmar que o livro História de uma alma nos conta uma parte da história de sua alma, a outra parte só DEUS conhece.[7] Assim, parece-nos que há duas histórias, ou melhor, uma única história da qual parte chegamos a conhecer, a outra não.
No entanto, na leitura de História de uma alma de Santa Terezinha do Menino Jesus , ou de Confissões de Santo Agostinho ou Imitação de Cristo ( obra a qual Santa Terezinha do Menino Jesus tanto recorria ) o que chama a atenção é a unicidade da mensagem. Estas obras escritas por pessoas distintas, em épocas históricas díspares batem na mesma tecla - o amor a DEUS . Assim, temos em Santa Terezinha do Menino Jesus mais uma expressão da pedagogia de DEUS, qual seja embora o conteúdo da mensagem seja o mesmo, o método , a maneira de cativar os corações é diferente. Ao debruçarmo-nos sobre a história da vida de Santa Terezinha do Menino Jesus , percebe-se o canto de uma alma que paulatinamente vai ficando cada vez mais afinada com a Vida de DEUS. Santa Terezinha do Menino Jesus usa palavras calorosas, fortes, que a princípio parecem repetitivas, monótonas, mas que no fundo prefiguram uma vida interior assentada num encontro . Na verdade, parece que Santa Terezinha do Menino Jesus em seu livro História de uma alma apenas balbucia , arrisca termos para relatar o teor deste encontro.
A espiritualidade de Santa Terezinha do Menino Jesus destaca elementos básicos da felicidade humana, qual seja, a valorização da interioridade, o silêncio interior, enfim a cultura da vida interior que podemos considerar como o ponta pé inicial de uma vida fecunda, útil, boa, enfim, de uma vida que deixa rastro e saudades. Santa Terezinha do Menino Jesus trata DEUS como uma pessoa em tom coloquial, claro, objetivo, candido, sem fantasia, mas com calor, através de passagens tenras que incentivam a imitação por parte de várias pessoas. É o comentário de uma planta, de um por de sol, de um abraço, de uma janela, de um costume, que são transfigurados, Santa Terezinha do Menino Jesus tira o véu do corriqueiro de nossos dias e nos transmite DEUS, ela transmite DEUS ao tratar do comezinho e tirando o véo do comezinho mostra que DEUS nos acompanha, nos olha, orienta e aconselha. Mas como é possível a uma moça que não chegou a ter 25 anos, apresenta cem anos depois de sua morte a graça de estar viva ? Viva não só pelas suas memórias mas por comunicar a vida. Santa Terezinha do Menino Jesus comunica a vida. Como é possível a um ser tão frágil ( não só por ter falecido nova, mas por não ter tido ascendência alguma em estrutura de poder ) manter-se ainda viva hoje ? O segredo de SANTA TEREZINHA DO MENINO JESUS está na transparência que ela deu à mensagem de DEUS a partir do lugar comum.
Esta morte prematura não deixa de gerar um contraste com este mundo que tem uma cultura que valoriza aspectos contraditórios, pois verifica-se de um lado o processo favorável à descartabilidade, tudo é descartável, chegando a incidir nas relações humanas,... é o casamento eterno enquanto dure..., é a gravidez indesejada... por aí afora ; por outro lado, verifica-se um esforço em minorar a dor tendo por recurso... a “higienização” da morte através dos cemitérios impessoais ... um esforço de eternizar-se pela busca do eterno rejuvenescimento ... chegando, por fim, a defesa da eutanásia. Quando Santa Terezinha do Menino Jesus morreu não havia televisão, avião, ...( a grande novidade era elevador que ela comenta em História de uma alma... ) o telefone era apenas um experimento exótico, ainda de pouca utilidade, o carro só viria a ser popularizado mais tarde ... e hoje. Hoje temos, computadores, satélites , bombas nucleares, e o homem já consegue colocar suas máquinas em diferentes planetas . Como então, neste mundo da tecnologia, há espaço em sua agenda, aberta pelo Papa João Paulo II, ao conferir-lhe o título de doutora da Igreja, doutora de uma instituição que já conta com mais de 2000 anos.
Como pode, essa moça, dentre tantos santos, de um tempo que já não é nosso, vir a ser lembrada para ser doutora e que detém uma mensagem que as pessoas de hoje entendem e que é acatada por uma instituição que adentra no terceiro milênio de sua existência . Bem se nota que aquela moça falecida em Lisieux guardava em si algo que tantos procuraram e procuram, principamente os jovens, de formas tão diversas que não raro redundam em imensos fracassos pois procuram DEUS na satisfação do seu próprio ego. A que deveria este privilégio dela ter acertado, enquanto tantos outros em sua faixa de idade fracassaram ? Em boa hora, ela indica, o que o próprio DEUS costuma firmar na sociedade humana, a saber, um sinal de contradição. No caso de Santa Terezinha do Menino Jesus qual foi o método de DEUS ? Santa Terezinha do Menino Jesus abre um claro contraste à sua época. Falecendo nova não passou de uma carmelita obscura. Em seu livro História de uma alma... fica registrado que ao final da vida de Santa Terezinha do Menino Jesus chegou a ser responsável por algumas noviças, obviamente que é em si uma grande coisa para quem era tão nova, porém suficiente para denotar de que se tratava de uma doutora da Igreja ?
Falecendo nova é considerada doutora da Igreja, o que demonstra, pelo menos ao nível de Igreja Católica que o doutoramento não está relacionado ao acúmulo de anos de estudo, mas sim ao teor novo que a mesma insere na doutrina da Igreja. Santa Terezinha do Menino Jesus não se caracteriza por tratados teológicos mas fundamentalmente, e esta é a sua mensagem aos dias de hoje, por demonstrar na forma de carne e sangue que na vida obscura, pouco notada, não destacada, sem notícias, vivendo as vicissitudes banais nos diferentes relacionamentos humanaos é possível conhecer e chegar a DEUS.
A pequena via vem a ser uma imensa passarela! Ao olharmos para o mundo de hoje vemos que há um processo ambíguo. De um lado temos um aspecto muito confuso, porém há um outro que poderíamos dizer cristalino. Entendo que no mundo de hoje impera uma solene campanha a - religiosa nos campos da cultura e comunicação, ou seja o movimento que se dá nestes campos não luta contra a religião abertamente; não, a rigor, a solapa de forma velada, camuflada. Este é o processo cristalino, porém se apresenta de forma consfusa, pois não se apresenta como a - religiosa enquanto tal. Ao analisarmos a vida hodierna cabe averiguar as raízes subjacentes que sustentam estes novos valores, a rigor não são valores, é um vale tudo ! No entanto, quando empresas quebram e levam de rodão várias economias amealhadas ao longo de vários anos poucos sugerem a vinculação do roubo com o ambiente a-ético que se procura impegir à sociedade. Neste sentido, a aclamação de Santa Terezinha do Menino Jesus como doutora da Igreja indica-nos uma outra visita de Santa Terezinha do Menino Jesus à história humana só que revestida com uma outra autoridade. A autoridade de quem diante de um mundo acelerado - absorto em suas descobertas, mas débil em lembrar suas mazelas, representadas pelas guerras, fome e epidemias - enfatiza a lembrança de sermos santos, cabendo a cada um escrever a sua história, a história de sua alma a partir do encontro com DEUS. Veja o filme "A Paixão de Cristo" de Mel Gibson, comentários.

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[1] Entre as extraordinárias biografias de São Francisco de Assis, caberia aqui ressaltar o trabalho de René Eülöp-Miller que em Os santos que abalaram o mundo ( 1987 ) que destaca aspectos fundamentais deste santo. [2] Sobre a vida de Santo Agostinho, novamente caberia citar a obra de René Fülop-Miller que além de estudar Santo Agostinho e São Francisco de Assis, ele chegou a abordar Santo Antão, Santo Inácio e Santa Teresa. [3] Aqui utilizei a versão publicada em 1996 pela editora Loyola que por sua vez utilizou a recente obra publicada no ano de 1992 em francês - Les manuscrits autobiographiques e que procura resgatar com toda a fidelidade o texto original dos manuscritos de Santa Terezinha do Menino Jesus. [4] Item 293, Manuscrito C, ( 1996, p. 202 ) [5] Item 323, Manuscrito C, ( 1996, pp. 219 - 220 ). [6] Inclusive há um episódio relatado em História de uma alma no qual Santa Terezinha do Menino Jesus procura chamar a atenção de uma irmã de Carmelo, com o qual já tinha estabelecido uma amizade, para a necessidade de se orientar a sua vida de forma mais decidida para DEUS. Item 307, Manuscrito C ( 1996, pp. 210 - 211 ) [7] Por exemplo, quando Santa Terezinha relata suas tentações ela não as descreve totalmente. Item 219, Manuscrito A ( 1996, p. 147 ). Melhores correspondências para histori de uma alma Terezinha. Santa Terezinha. O presente texto foi produzido em 1997 e caracteriza-se como um comentário à obra de Santa Teresinha de Jesus –

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Santa Faustina: Apóstola da Misericórdia


No Coração de Jesus Misericordioso desde de 18 de setembro de 2011
SANTA IRMÃ MARIA FAUSTINA KOWALSKA - (1905-1938)Irmã Faustina com seus familiares. A Irmã Faustina Kowalski, apóstola da Misericórdia de Deus conhecida em todo o mundo, é considerada pelos teólogos como uma pessoa que faz parte de um grupo de notáveis místicos da Igreja. Nasceu no dia 25 de agosto de 1905, como a terceira dos dez filhos numa pobre mas piedosa família de aldeões, em Glogowiec (Polônia). No batismo, que se realizou na igreja paroquial de Swinice Warskie, recebeu o nome de Helena. Desde a infância distinguiu-se pela piedade, pelo amor à oração, pela diligência e obediência, e ainda por uma grande sensibilidade à miséria humana. Apesar de ter frequentado a escola por menos de três anos, no DIÁRIO por ela deixado, numa linguagem extremamente transparente, descreveu exatamente o que queria dizer, sem ambiguidades, com muita simplicidade e precisão.

VATICANO, Praça de S. Pedro, 30 de abril de 2000. O Papa João Paulo II proclama a Irmã Faustina Kowalski santa. Convento da Congregação de Nossa Senhora da Misericórdia em Plock (Polônia, onde Jesus Cristo apareceu a Irmã Faustina e lhe recomendou que pintasse uma imagem,apresentando-lhe o modelo na visão.Casa da Congregação de Nossa Senhora da Misericórdia, onde nos anos 1933-1936 residiu Irmã Faustina e onde Jesus Cristo lhe ditou o terço da Misericórdia Divina. Vilna (Lituânia), Rua Grybo, 29 Convento da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora Mãe da Misericórdia em Cracóvia – Lagiewniki, Rua S. Faustina 3, na Polônia – lugar de descanso dos restos mortais de Irmã Faustina. Trecho do manuscrito do Diário de santa Irmã Faustina. O dia 10 de dezembro de 2005, por um decreto da Santa Sé, a santa Irmã Faustina foi proclamada padroeira da cidade de Lodz (Polônia). Monumento à S. Irmã Faustina na Praça da Independência, em Lodz.



 Aqui estãos os santos patronos de nossa comunidade monastica comunhão e misericórdia



Festa da Divina Misericórdia

No Coração de Jesus misericordioso desde 18 de setembro de 2011 
E-mail - comunidademonastica@hotmail.com

A Espiritualidade do Movimento Jesus Misericordioso nasceu daquele que com o coração Dilacerado no ato do calvário foi aberto pela lança. O Santo Padre João Paulo II na sua encíclica sobre a Misericórdia Divina (Dives in Misericórdia ), em 30 de Novembro de 1980, acentua bem a necessidade de confiança à Misericórdia de Deus. Ele sabe que o mundo nos nossos tempos, mais do que nunca, se afastou de Deus e de seus preceitos, e precipita-se no abismo do desespero. Por isso recorda aos fiéis: Em nenhum momento e em nenhum período da história, especialmente numa época tão crítica como a nossa, pode a igreja esquecer a oração que é um grito de apelo misericórdia de Deus ...... Obriga-se a proclamar a misericórdia, como amor misericórdia, como amor misericordioso de Deus, revelado também no mistério de Cristo. Ele me impele ainda a apelar para esta misericórdia e a implorá-la, nesta fase difícil da história, da igreja e do mundo ( Encíclica Dives in Misericórdia, n. 15 ) No seu significado original DEVOÇÃO quer dizer DEDICAÇÃO. No culto à Misericórdia a palavra assume preferencialmente este sentido. Não é uma das tantas DEVOÇÕES : é antes de tudo aquela total dedicação que representa a síntese moral de todo o cristianismo. A tal dedicação, fomos CONSAGRADOS no dia do batismo. Uma devoção a Deus e ao próximo!

A Divina Misericórdia


As revelações de Jesus

Dentro da Congregação Helena recebeu o hábito e o nome de Irmã Maria Faustina, em 1926. Dois anos depois faria a primeira profissão dos votos religiosos. Em sua vida exterior nada deixava transparecer da sua profunda vida espiritual, que haveria de incluir as graças extraordinárias da contemplação infusa, o conhecimento da misericórdia divina, visões, aspirações, estigmas escondidos, o dom da profecia e discernimento, e o raro dom dos esponsais místicos (D. 1056). Com humildade exerceu as funções de cozinheira, jardineira e até de porteira. Cumpria fielmente as regras de sua comunidade, em espírito de recolhimento mas sem nenhum desequilíbrio, deixando ao mesmo tempo transparecer serenidade e benevolência. Um sonho a movia – viver plenamente o mandamento do amor: “Ó meu Jesus, Vós sabeis que desde os meus mais tenros anos eu desejava tornar-me uma grande santa, isto é, desejava amar-Vos com um amor tão grande com que até então nenhuma alma Vos tinha amado” (D. 1372). O Senhor a escolhe para uma missão especial. Depois de atravessar pela “noite escura” das provações físicas, morais e espirituais, a partir de 22/02/1931, em Plock,o próprio Senhor Jesus Cristo começa a se manifestar à Irmã Faustina de um modo particular, revelando de um modo extraordinário a centralidade do mistério da misericórdia divina para o mundo e a história– presente em todo o agir divino, particularmente na Cruz Redentora de Cristo – e novas formas de culto e apostolado em prol desta sua divina misericórdia.

Descreve esta primeira visão: “Da túnica entreaberta sobre o peito saíam dois grandes raios, um vermelho e outro pálido. (...) Logo depois, Jesus me disse: Pinta uma Imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós” (D. 47). Jesus insistirá particularmente no seu desejo de instituir uma Festa em honra da Divina Misericórdia para toda a Igreja, o que haveria de se cumprir somente a partir do ano 2000. Todas estas vivências se encontram relatadas em seu famoso Diário, escrito entre 1934-1938 sob a orientação dos Padres Miguel Sopocko e Andrasz SJ, o primeiro deles beatificado a 28/09/2008. Segundo um dos mais famosos estudiosos do mesmo, Pe. Ignacy Rózycki, no Diário – e numa das Cartas de Santa Faustina – encontramos, dentre outros, 83 revelações particulares especiais sobre o mistério e o culto da Divina Misericórdia. Ao longo do Diário descobrimos que Jesus a escolhe como secretária, apóstola, testemunha e dispensadora da divina misericórdia(nn. 965; 1142; 400; 570). Já pode ser considerado como um dos clássicos da espiritualidade católica, ao lado de História de uma alma, A prática do amor a Jesus Cristo, Filotéia e outros.

Assim como na vida de Santa Teresinha, Jesus pede também à Santa Faustina que se ofereça como vítima pelos pecadores. É a graça de poder viver aquilo que diz o Apóstolo: Completo em minha carne o que falta das tribulações de Cristo pelo seu Corpo, que é a Igreja(Cl 1,24; cf. Flp 1,20; 2Cor 12,10). Na Quinta-feira Santa de 1934, Jesus lhe revela o seu desejo que se entregue pela conversão dos pecadores. A este desejo Irmã Faustina respondeu prontamente com um ato de consagração no qual se oferece voluntariamente pelos pecadores. Desde essa ocasião, os sofrimentos que oprimiriam a religiosa polonesa foram a prova de que sua oferta fora aceita pelo Senhor. Irmã Faustina levava uma vida muito austera, já antes de entrar no convento. Não perdia nenhuma oportunidade em oferecer suas penas pela conversão dos pecadores. Nos últimos anos de sua breve vida aumentaram os seus tormentos interiores e os padecimentos do organismo. Desenvolve-se uma tuberculose que lhe atacou os pulmões e os intestinos. Muito fraca, é levada ao convento Jósefów. Segundo um costume da comunidade, pede perdão às coirmãs pelas faltas cometidas – e afirma que morreria treze dias depois. Ao Pe. Sopocko diz (26/09): “Perdoe-me, padre, agora estou ocupada no colóquio com o Pai Celeste. Aquilo que tinha para dizer, já disse”.


No dia da sua morte ela recebe o viático do Pe. Andrasz. Pede mas logo recusa uma injeção, dizendo: “Deus exige sacrifício”. Plenamente unida a Deus, na presença da irmã Ligoria, erguendo os olhos para o céu, Irmã Faustina falece com fama de santidade às 22h45min do dia 5/10/1938, com apenas 33 anos de vida. O seu corpo foi depositado no cemitério do convento em Cracóvia-Lagiewniki. A situação na Europa se agravava. Hitler havia invadido a Áustria (11/03/1938). A Polônia entra num período tempestuoso quando Berlim e Moscou dividiram o seu território (22/09/1939). Irmã Faustina rezava pela Polônia. Em setembro de 1938, a jardineira irmã Klemensa foi visitá-la no hospital. Faustina estava reduzida a pele e ossos. Klemensa lhe perguntou: “O senhor Jesus te disse se haverá guerra?”. – “Haverá guerra”, respondeu ela. E depois acrescentou: “...A guerra durará muito tempo, haverá muitas desgraças. Sofrimentos terríveis cairão sobre as pessoas” (in Bergadano, Elena, Faustina Kowalska. Mensageira da Divina Misericórdia, Paulinas, S. Paulo, 2006,p. 81).
Há inúmeros relatos de graças alcançadas por sua intercessão a partir da morte da Ir. Faustina. Um deles se refere a um fato ocorrido durante a II Guerra, assinado por Miquelina

Irmã Faustina Kowalska


SANTA IRMÃ MARIA FAUSTINA KOWALSKA (1905-1938)
No Coração de Jesus misericordioso desde 18 de setembro de 2011

A Irmã Faustina Kowalski, apóstola da Misericórdia de Deus conhecida em todo o mundo, é cons...Santa Faustina - Secretária da Misericórdia Divina O século XX foi um dos períodos mais contraditórios da história humana. De um lado, grandes avanços nos mais variados campos do saber (biologia, física, tecnologia etc.); a Igreja Católica, por sua vez, viveria uma nova primavera em diversos âmbitos (bíblico, litúrgico, pastoral etc.). Por outro lado, deparamo-nos com o crescimento do agnosticismo e a proliferação das seitas; com enormes atrocidades, de proporções quase universais; milhões e milhões foram brutalmente dizimados em dezenas de guerras, bem como em carestias, pestes e catástrofes, em parte frutos da ganância e arrogância de alguns poucos. Ao mesmo tempo, é o século de cristãos de grande envergadura, como os Papas S. Pio X, o Beato João XXIII e o Servo de Deus João Paulo II, S. Gemma Galgani e Madre Teresa de Calcutá, os santos Padres Pio e Maximiliano Kolbe, ou como os pastorinhos de Fátima. É o século outrossim de uma das maiores místicas da história do cristianismo, Santa Faustina Kowalska. Mística pois deixou-se invadir pelo mistério do amor divino, no dia a dia de uma vida escondida e laboriosa. A partir dela nasce uma nova espiritualidade, centrada na Divina Misericórdia. Eis em breves linhas um pouco da sua vida.


Faustina nasceu na aldeia de Glogowiec, distrito de Turek, prefeitura de Poznan (atualmente Swinice Warckie, principado de Konin), na Polônia, no dia 25/08/1905. Naquela época a Polônia estava sob o domínio russo. Ela é a terceira de dez filhos do casal Estanislau Kowalska e Mariana Babel, que cuidam de 5 hectares de terra (e 3 vacas!). As duas primeiras gravidezes foram muito cansativas; por isso, a terceira foi esperada com preocupação, mas tudo correu bem. Dois dias depois do nascimento a menina foi batizada, na paróquia de Swinice Warckie (dedicada a S. Casimiro), com o nome de Helena Kowalska. Deus os abençoou com outros sete filhos. “A Helena, minha filha abençoada, santificou o meu ventre”, dirá a mãe após a sua morte. Sabemos bem pouco acerca das origens desta futura santa. As principais fontes são o seu Diário e o relato de algumas testemunhas. Por exemplo, a sua casa, com paredes de pedra e poucos móveis, é composta por 2 divisões, separadas por um corredor. O pavimento é de terra e as paredes não são rebocadas nem caiadas. A mãe faz queijo com grande perfeição. Todas as noites rezam o terço e dão graças por tudo o que têm. Seu pai, Estanislau, lavrador e carpinteiro, era muito piedoso.

Freqüentava sempre as Missas dominicais e cantava todos os dias o ofício da Imaculada Conceição, bem como o hino matinal. Na Quaresma, cantava as lamentações da Paixão. Era muito exigente com os filhos, e por isso Helena desde os 9 anos ajuda nos serviços da casa – debulhando o trigo, levando as vacas para o pasto e ajudando na cozinha. A mãe era uma boa mulher, muito dedicada e trabalhadora, particularmente sensível com os pobres. Assim se vai moldando o caráter de Helena (Dr. H. W.,Irmã Faustina. Apóstola da Divina Misericórdia, Loyola, S. Paulo, 1983, p. 30). A vida espiritual de Helena começara cedo. Em seu Diário escreve: “Quando eu tinha sete anos ouvi pela primeira vez a voz de Deus na minha alma”. Depois da preparação recebida do Pároco, Pe. Romano Pawlowski, em 1914 faz a Primeira Comunhão, momento que muito lhe marcou: “Eu estou contente porque Jesus veio ter comigo e agora posso caminhar com Ele”. A oração se torna mais assídua e fervorosa. A mãe a encontrou várias vezes ajoelhada no chão, principalmente de noite. Helena lhe explicava: “tenho certeza de que é o meu Anjo que me acorda”. Os pais não aceitam facilmente a vocação da filha Helena. Em 1920 e 1922 a jovem lhes pede permissão para entrar no convento, mas os pais o recusam. Não possuem recursos para lhe dar o dote necessário, estão mergulhados em dívidas – e, acima de tudo, estão muito ligados à filha. Neste período recebeu o sacramento da Crisma, em Aleksandrów (1921). De modo especial a adolescente escuta com atenção as homilias dominicais, repetindo-as durante a semana, e também a leitura da Bíblia feita pelo seu pai, que mantém em casa uma pequena biblioteca.


Com dificuldades Helena iniciou os seus estudos (1917). É obrigada a interrompê-los a fim de poder trabalhar como empregada doméstica. Aos 14 anos disse à mãe: “Papai trabalha muito e eu não tenho com que me vestir aos domingos; sou a mais mal-apresentada de todas as moças. Irei trabalhar para ganhar alguma coisa”. O desejo de se consagrar totalmente a Deus lhe acompanha, mas, ante as dificuldades, por um tempo Helena desiste da idéia. Entrega-se, então, à “vaidade da vida”, aos “passatempos”, como anos depois escreveria em seu Diário. Deus, porém, não volta atrás. Estando um dia num baile com sua irmã, uma visão de Cristo Sofredor interpela a jovem Helena: “Até quando hei de ter paciência contigo e até quando tu Me desiludirás?” (Diário, 9). Decide entrar no convento. Bateu em várias portas até ser acolhida no dia 1º/08/1925 na clausura do convento da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia, em Varsóvia. Foi tentada a deixar essa comunidade várias vezes, mas Jesus lhe apareceu e exortou: “Chamei-te para este e não para outro lugar e preparei muitas graças para ti” (D. 19).
Revelações
Dentro da Congregação Helena recebeu o hábito e o nome de Irmã Maria Faustina, em 1926. Dois anos depois faria a primeira profissão dos votos religiosos. Em sua vida exterior nada deixava transparecer da sua profunda vida espiritual, que haveria de incluir as graças extraordinárias da contemplação infusa, o conhecimento da misericórdia divina, visões, aspirações, estigmas escondidos, o dom da profecia e discernimento, e o raro dom dos esponsais místicos (D. 1056). Com humildade exerceu as funções de cozinheira, jardineira e até de porteira. Cumpria fielmente as regras de sua comunidade, em espírito de recolhimento mas sem nenhum desequilíbrio, deixando ao mesmo tempo transparecer serenidade e benevolência. Um sonho a movia – viver plenamente o mandamento do amor: “Ó meu Jesus, Vós sabeis que desde os meus mais tenros anos eu desejava tornar-me uma grande santa, isto é, desejava amar-Vos com um amor tão grande com que até então nenhuma alma Vos tinha amado” (D. 1372). O Senhor a escolhe para uma missão especial. Depois de atravessar pela “noite escura” das provações físicas, morais e espirituais, a partir de 22/02/1931, em Plock,o próprio Senhor Jesus Cristo começa a se manifestar à Irmã Faustina de um modo particular, revelando de um modo extraordinário a centralidade do mistério da misericórdia divina para o mundo e a história– presente em todo o agir divino, particularmente na Cruz Redentora de Cristo – e novas formas de culto e apostolado em prol desta sua divina misericórdia. Descreve esta primeira visão: “Da túnica entreaberta sobre o peito saíam dois grandes raios, um vermelho e outro pálido. (...) Logo depois, Jesus me disse: Pinta uma Imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós” (D. 47). Jesus insistirá particularmente no seu desejo de instituir uma Festa em honra da Divina Misericórdia para toda a Igreja, o que haveria de se cumprir somente a partir do ano 2000.
Todas estas vivências se encontram relatadas em seu famoso Diário, escrito entre 1934-1938 sob a orientação dos Padres Miguel Sopocko e Andrasz SJ, o primeiro deles beatificado a 28/09/2008. Segundo um dos mais famosos estudiosos do mesmo, Pe. Ignacy Rózycki, no Diário – e numa das Cartas de Santa Faustina – encontramos, dentre outros, 83 revelações particulares especiais sobre o mistério e o culto da Divina Misericórdia. Ao longo do Diário descobrimos que Jesus a escolhe como secretária, apóstola, testemunha e dispensadora da divina misericórdia(nn. 965; 1142; 400; 570). Já pode ser considerado como um dos clássicos da espiritualidade católica, ao lado de História de uma alma, A prática do amor a Jesus Cristo, Filotéia e outros.


Assim como na vida de Santa Teresinha, Jesus pede também à Santa Faustina que se ofereça como vítima pelos pecadores. É a graça de poder viver aquilo que diz o Apóstolo: Completo em minha carne o que falta das tribulações de Cristo pelo seu Corpo, que é a Igreja(Cl 1,24; cf. Flp 1,20; 2Cor 12,10). Na Quinta-feira Santa de 1934, Jesus lhe revela o seu desejo que se entregue pela conversão dos pecadores. A este desejo Irmã Faustina respondeu prontamente com um ato de consagração no qual se oferece voluntariamente pelos pecadores. Desde essa ocasião, os sofrimentos que oprimiriam a religiosa polonesa foram a prova de que sua oferta fora aceita pelo Senhor. Irmã Faustina levava uma vida muito austera, já antes de entrar no convento. Não perdia nenhuma oportunidade em oferecer suas penas pela conversão dos pecadores. Nos últimos anos de sua breve vida aumentaram os seus tormentos interiores e os padecimentos do organismo. Desenvolve-se uma tuberculose que lhe atacou os pulmões e os intestinos. Muito fraca, é levada ao convento Jósefów. Segundo um costume da comunidade, pede perdão às coirmãs pelas faltas cometidas – e afirma que morreria treze dias depois. Ao Pe. Sopocko diz (26/09): “Perdoe-me, padre, agora estou ocupada no colóquio com o Pai Celeste. Aquilo que tinha para dizer, já disse”.
No dia da sua morte ela recebe o viático do Pe. Andrasz. Pede mas logo recusa uma injeção, dizendo: “Deus exige sacrifício”. Plenamente unida a Deus, na presença da irmã Ligoria, erguendo os olhos para o céu, Irmã Faustina falece com fama de santidade às 22h45min do dia 5/10/1938, com apenas 33 anos de vida. O seu corpo foi depositado no cemitério do convento em Cracóvia-Lagiewniki. A situação na Europa se agravava. Hitler havia invadido a Áustria (11/03/1938). A Polônia entra num período tempestuoso quando Berlim e Moscou dividiram o seu território (22/09/1939). Irmã Faustina rezava pela Polônia. Em setembro de 1938, a jardineira irmã Klemensa foi visitá-la no hospital. Faustina estava reduzida a pele e ossos. Klemensa lhe perguntou: “O senhor Jesus te disse se haverá guerra?”. – “Haverá guerra”, respondeu ela. E depois acrescentou: “...A guerra durará muito tempo, haverá muitas desgraças. Sofrimentos terríveis cairão sobre as pessoas” (in Bergadano, Elena, Faustina Kowalska. Mensageira da Divina Misericórdia, Paulinas, S. Paulo, 2006,p. 81).

Há inúmeros relatos de graças alcançadas por sua intercessão a partir da morte da Ir. Faustina. Um deles se refere a um fato ocorrido durante a II Guerra, assinado por Miquelina Niewiadomska em Varsóvia, ano de 1946: “Como mensageira do exército clandestino da Polônia, levava um dia um maço de jornais e documentos importantes da imprensa subterrânea, num cesto vulgar, aberto, de modo a não chamar a atenção. Numa paragem, o tranvia [transporte] foi abordado pela polícia da Gestapo, que começou a inspecionar os passageiros. Antes que eu desse conta, estava a meu lado. Apanhada de improviso, sabia que não tinha maneira de escapar e deitei o cesto no chão. O que estava dentro caiu, com o livrinho intitulado ‘Jesus, eu confio em Vós’ por cima de tudo. Um dos policiais baixou-se para o apanhar e em voz baixa segredou-me: ‘E eu também confio n’Ele’, e, voltando-se, permitiu que eu apanhasse os papéis” (in Andrasz-Sopocko, A misericórdia de Deus. A única esperança da humanidade, 2ª ed., Tipografia Porto Médico L.da, Porto, 1956, pp. 88s).
O processo informativo para a canonização da Irmã Faustina se iniciou em 1965. O Cardeal Karol Wojtyla o encerra com uma sessão solene no dia 20/09/1967. Anos depois (1978) Karol Wojtyla se tornaria o Papa João Paulo II, e por suas mãos Irmã Faustina seria beatificada (1993) e canonizada (2000), tornado-se assim a primeira santa canonizada no III Milênio cristão. O milagre que permitiu a sua canonização foi a cura do Pe. Romualdo P. Pytel que sofria de “estenose aórtica predominante, calcificada e localizada na bicúspide, com insuficiência aórtica associada, e descompensação cardíaca esquerda” (in Laria, Raffaele, Santa Faustina e a Divina Misericórdia, Paulus, Apelação, 2004, p. 84). A data de sua celebração litúrgica é o dia 5 de outubro, que marca seu nascimento para o céu.Caro devoto e apóstolo de Jesus Misericordioso:
Se você deseja conhecer mais sobre a vida desta grande cristã, adquira o Diário de Santa Faustinae a biografia escrita por Sophia Michalenko, intitulada: Misericórdia – Minha Missão, através do nosso Apostolado. “A Misericórdia é o maior atributo de Deus” (D. 611) Santa Faustina Kowalska: rogai por nós! Apostolado da Divina Misericórdia Fone: (41) 3348-5043 :: Fax: (41) 3348-4303 Santuário da Divina Misericórdia - R. Estrada do Ganchinho, 570, Umbará, Curitiba, PR - Fone: (41) 3348-2784

Santa Irmã Maria Faustina Kowalska


SANTA IRMÃ MARIA FAUSTINA KOWALSKA (1905-1938) A Irmã Faustina Kowalski, apóstola da Misericórdia de Deus conhecida em todo o mundo, é cons...
Assim como na vida de Santa Teresinha, Jesus pede também à Santa Faustina que se ofereça como vítima pelos pecadores. É a graça de poder viver aquilo que diz o Apóstolo: Completo em minha carne o que falta das tribulações de Cristo pelo seu Corpo, que é a Igreja(Cl 1,24; cf. Flp 1,20; 2Cor 12,10). Na Quinta-feira Santa de 1934, Jesus lhe revela o seu desejo que se entregue pela conversão dos pecadores. A este desejo Irmã Faustina respondeu prontamente com um ato de consagração no qual se oferece voluntariamente pelos pecadores. Desde essa ocasião, os sofrimentos que oprimiriam a religiosa polonesa foram a prova de que sua oferta fora aceita pelo Senhor. Irmã Faustina levava uma vida muito austera, já antes de entrar no convento. Não perdia nenhuma oportunidade em oferecer suas penas pela conversão dos pecadores. Nos últimos anos de sua breve vida aumentaram os seus tormentos interiores e os padecimentos do organismo. Desenvolve-se uma tuberculose que lhe atacou os pulmões e os intestinos. Muito fraca, é levada ao convento Jósefów. Segundo um costume da comunidade, pede perdão às coirmãs pelas faltas cometidas – e afirma que morreria treze dias depois. Ao Pe. Sopocko diz (26/09): “Perdoe-me, padre, agora estou ocupada no colóquio com o Pai Celeste. Aquilo que tinha para dizer, já disse”.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

No Coração de Jesus



No Coração de Jesus misericordioso desde 18 de setembro de 2011
SANTA IRMÃ MARIA FAUSTINA KOWALSKA (1905-1938)
A Irmã Faustina Kowalski, apóstola da Misericórdia de Deus conhecida em todo o mundo, é considerada pelos teólogos como uma pessoa que faz parte de um grupo de notáveis místicos da Igreja. Nasceu no dia 25 de agosto de 1905, como a terceira dos dez filhos numa pobre mas piedosa família de aldeões, em Glogowiec (Polônia). No batismo, que se realizou na igreja paroquial de Swinice Warskie, recebeu o nome de Helena. Desde a infância distinguiu-se pela piedade, pelo amor à oração, pela diligência e obediência, e ainda por uma grande sensibilidade à miséria humana. Apesar de ter frequentado a escola por menos de três anos, no DIÁRIO por ela deixado, numa linguagem extremamente transparente, descreveu exatamente o que queria dizer, sem ambiguidades, com muita simplicidade e precisão.
Nesse DIÁRIO, escreve ela a respeito das vivências da sua infância: “... eu senti a graça à vida religiosa desde os sete anos. Aos sete anos de vida ouvi pela primeira vez a voz de Deus em minha alma, ou seja, o convite à vida religiosa, mas nem sempre fui obediente à voz da graça. Não me encontrei com ninguém que me pudesse esclarecer essas coisas”. Aos dezesseis anos de idade, deixou a casa paterna para ir trabalhar como empregada doméstica em Aleksandrów, perto de Lodz, a fim de angariar meios para a subsistência própria e ajudar os pais. Nesse tempo o desejo de ingressar na vida religiosa aos poucos ia amadurecendo nela. Visto que seus pais não concordavam com tal decisão, Heleninha procurou sufocar em si o chamado divino.
Anos depois, escreveria em seu DIÁRIO: “Numa ocasião, eu estava com uma de minhas irmãs num baile. Enquanto todos se divertiam a valer, a minha alma sentia tormentos interiores. No momento em que comecei a dançar, de repente vi Jesus a meu lado, Jesus sofredor, despojado de Suas vestes, todo coberto de chagas e que me disse estas palavras: Até quando hei de ter paciência contigo e até quando tu me decepcionarás? Nesse momento parou a música animada, não vi mais as pessoas que comigo estavam, somente Jesus e eu ali permanecíamos. Sentei-me ao lado de minha irmã, disfarçando com uma dor de cabeça o que se passava comigo. Em seguida, afastei-me discretamente dos que me acompanhavam e fui à catedral de S. Estanislau Kostka. Já começava a anoitecer e havia poucas pessoas na catedral. Sem prestar atenção a nada do que ocorria à minha volta, caí de bruços diante do Santíssimo Sacramento e pedi ao Senhor que me desse a conhecer o que devia fazer a seguir. Então, ouvi estas palavras: Vai imediatamente a Varsóvia (Polônia) e lá entrarás no convento. Terminada a oração, levantei-me, fui para casa e arrumei as coisas indispensáveis. Da maneira como pude, relatei a minha irmã o que havia acontecido na minha alma. Pedi que se despedisse por mim de meus pais e assim, só com a roupa do corpo, sem mais nada, vim para Varsóvia” (Diário, 9).

Em Varsóvia (Polônia), procurou um lugar para si em diversas comunidades religiosas, mas em todas foi recusada. Foi somente no dia 1 de agosto de 1925 que se apresentou à Congregação das Irmãs da Divina Misericórdia, na Rua Zytnia, e ali foi aceita. Antes disso, para atender às condições, teve que trabalhar como empregada doméstica numa família numerosa na região de Varsóvia, para dessa forma conseguir o enxoval pessoal. Ela descreveu em seu DIÁRIO os sentimentos que a acompanhavam após ter ingressado na vida religiosa: “Sentia-me imensamente feliz, parecia que havia entrado na vida do paraíso. O meu coração só era capaz de uma contínua oração de ação de graças” (Diário, 17). – o lugar do baile. Catedral de S. Estanislau Kostka em Lodz, Polônia.
Interior da catedral. Neste lugar Jesus Cristo chamou Irmã Faustina à vida religiosa. Casa generalícia da Congregação de Nossa Senhora Mãe da Misericórdia em Varsóvia, Polônia, Rua Zytnia 3/9, na qual ingressou Irmã Faustina. Na congregação recebeu o nome de Irmã Maria Faustina. Realizou o noviciado em Cracóvia e foi ali que, na presença do bispo Estanislau Rospond, professou tanto os primeiros votos religiosos como, passados cinco anos, os votos perpétuos de castidade, pobreza e obediência. Trabalhou em diversas casas da Congregação, porém permaneceu mais tempo em Cracóvia (Polônia), Vilna (Lituânia) e Plock (Polônia), exercendo as funções de cozinheira, jardineira e porteira. Exteriormente nada deixava transparecer a sua profunda vida mística. Ela cumpria assiduamente as suas funções, guardando com zelo a regra religiosa. Era recolhida e silenciosa, embora ao mesmo tempo fosse desembaraçada, serena, cheia de amor benevolente e desinteressado para com o próximo.
O severo estilo de vida e os extenuantes jejuns que ela se impunha antes ainda de ingressar na Congregação enfraqueceram tão severamente seu organismo que já no postulado teve de ser encaminhada para tratamento de saúde. Após o primeiro ano do noviciado vieram as experiências místicas extremamente dolorosas – da chamada noite escura, e depois os sofrimentos espirituais e morais relacionados com o cumprimento da missão que havia recebido de Jesus Cristo. Irmã Faustina ofereceu a sua vida a Deus em sacrifício pelos pecadores, a fim de salvar as suas almas, e por essa razão foi submetida a numerosos sofrimentos. Nos últimos anos de vida intensificaram-se as enfermidades do organismo: desenvolveu-se a tuberculose, que atacou os pulmões e o trato alimentar. Por essa razão, por duas vezes, durante alguns meses, permaneceu em tratamento no hospital.
Completamente esgotada fisicamente, mas em plena maturidade espiritual e misticamente unida a Deus, faleceu no dia 5 de outubro de 1938 com fama de santidade, tendo apenas 33 anos de idade, dos quais 13 anos de vida religiosa (Notas do Diário de santa Irmã Faustina).
VATICANO, Praça de S. Pedro, 30 de abril de 2000.
O Papa João Paulo II proclama a Irmã Faustina Kowalski santa. Convento da Congregação de Nossa Senhora da Misericórdia em Plock (Polônia), onde Jesus Cristo apareceu a Irmã Faustina e lhe recomendou que pintasse uma imagem, apresentando-lhe o modelo na visão. Casa da Congregação de Nossa Senhora da Misericórdia, onde nos anos 1933-1936 residiu Irmã Faustina e onde Jesus Cristo lhe ditou o terço da Misericórdia Divina. Vilna (Lituânia), Rua Grybo, 29 Convento da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora Mãe da Misericórdia em Cracóvia – Lagiewniki, Rua S. Faustina 3, na Polônia – lugar de descanso dos restos mortais de Irmã Faustina. Trecho do manuscrito do Diário de santa Irmã Faustina. No dia 10 de dezembro de 2005, por um decreto da Santa Sé, a santa Irmã Faustina foi proclamada padroeira da cidade de Lodz (Polônia). Monumento à S. Irmã Faustina na Praça da Independência, em Lodz.




Jesus buscar as almas como a de Santa Faustina

No Coração de Jesus misericordioso desde 18 de setembro de 2011
"Procuro e anseio por almas como a tua, mas elas são poucas. Tua grande confiança em Mim Me obriga a conceder-te graças sem cessar" (Diário, 718). "...três virtudes devem adornar-te especialmente: humildade, pureza de intenção e amor" (Diário, 1779). "Desejo ter-te nas minhas mãos como instrumento apto para realizar obras" (Diário, 1359). "Estou exigindo de ti um sacrifício perfeito de oblação — o sacrifício da vontade. Nenhum outro sacrifício pode-se comparar com ele. Sou Eu mesmo que dirijo a tua vida e faço tudo de tal forma que sejas para Mim contínuo sacrifício. Farás sempre a Minha vontade e, para completar esse sacrifício, te unirás a Mim na cruz. Sei o que podes. Eu mesmo te darei muitas ordens diretamente, mas atrasarei e farei depender de outros a possibilidade de execução das mesmas. (...) deves saber, Minha filha, que esse sacrifício durará até a morte." (Diário, 923). "Exteriormente, o teu sacrifício deve ter esta aparência: oculto, silencioso, repleto de amor, embebido de oração. Exijo de ti, Minha filha, que o teu sacrifício seja puro e cheio de humildade, para que Eu possa ter predileção por ele. (...) Aceitarás com amor todos os sofrimentos. Não te preocupes, se o teu coração, muitas vezes, sentir aversão e má vontade para com esse sacrifício.

Todo o seu poder está contido na vontade e, portanto, esses sentimentos contrários não diminuirão a Meus olhos esse sacrifício, mas até o aumentarão o seu valor" (Diário, 1767). "...mas cada conversão de uma alma pecadora exige sacrifício" (Diário, 961). "...necessito de sacrifício repleto de amor, porque apenas este tem valor diante de Mim. Grandes são as dívidas contraídas pelo Mundo diante de Mim. Podem pagá-las as almas puras, pelo seu sacrifício, praticando a misericórdia em espírito" (Diário, 1316).
"...mas escreve-o para muitas almas que às vezes se preocupam por não possuírem bens materiais, para com elas praticar a misericórdia. No entanto, tem um mérito muito maior a misericórdia do espírito, para a qual não é preciso ter autorização nem armazém e que é acessível a todos. Se a alma nao praticar a misericórdia de um ou outro modo, nao alcançará a Minha misericórdia no dia do Juízo. Oh! se as almas soubessem armazenar os tesouros eternos, não seriam julgadas, antecipando o Meu julgamento com obras de misericórdia" (Diário, 1317). "...conduzida por um Anjo, fui levada às profundezas do Inferno. (...) Eu teria morrido vendo esses terríveis tormentos, se não me sustentasse a onipotência de Deus. Que o pecador saiba que será atormentado com o sentido com que pecou, por toda a eternidade. Estou escrevendo isso por ordem de Deus, para que nenhuma alma se escuse dizendo que não há Inferno, ou que ninguém esteve lá e não sabe como é. Percebi, no entanto, uma coisa: o maior número das almas que lá estão, é justamente daqueles que não acreditavam que o Inferno existisse. Quando voltei a mim, não podia me refazer do terror de ver como as almas sofrem terrivelmente ali e, por isso, rezo com mais fervor ainda pela conversão dos pecadores" (Diário, 741).
"encontrei-me num lugar enevoado, cheio de fogo, e, dentro deste, uma multidão de almas sofredoras. Essas almas rezavam com muito fervor, mas sem resultado para si mesmas; apenas nós podemos ajudá-las. (...) O maior sofrimento delas era a saudade de Deus. Vi Nossa Senhora que visitava as almas no Purgatório. As almas chamam a Maria “Estrela do Mar.” Ela lhes traz alívio" (Diário, 20). "...Hoje estive no Céu, em espírito, e vi as belezas inconcebíveis e a felicidade que nos espera depois da morte. Vi como todas as criaturas prestam incessantemente honra e glória a Deus. Vi como é grande a felicidade em Deus, que se derrama sobre todas as criaturas, tornando-as felizes: e então toda a glória e honra procedente da felicidade voltam à sua fonte e penetram na profundeza de Deus, contemplando a Sua vida interior. (...) Essa Fonte de felicidade é imutável em sua essência, mas sempre nova, jorrando para a felicidade de toda a criatura" (Diário, 777).

"Não tenho muitas visões desse tipo, mas mais freqüentemente convivo com o Senhor de maneira mais profunda. Os sentidos ficam adormecidos e, ainda que de um modo invisível, todas as coisas se tornam mais reais e mais claras do que se as visse com os meus olhos. A mente conhece mais num momento desses do que por longos anos de profunda reflexão e meditação, tanto em relação à natureza de Deus, como em relação às verdades reveladas, e também quanto ao conhecimento da própria miséria" (Diário, 882).
"Na minha vida há instantes e momentos de conhecimento interior, ou sejam luzes divinas pelas quais a alma recebe um ensinamento interior sobre coisas que nem leu em livros, nem foi instruída por qualquer pessoa. São momentos de conhecimento interior, que o próprio Deus concede à alma. São grandes mistérios" (Diário, 1102). "Deus aproxima-se da alma duma maneira especial, conhecida apenas por Deus e pela alma. Ninguém percebe essa união misteriosa. Nessa união preside o amor e é só o amor que realiza tudo. Jesus se comunica com a alma de forma delicada e doce e, no Seu âmago, há a paz. Jesus lhe concede muitas graças, torna a alma capaz de participar dos Seus pensamentos eternos e, algumas vezes, desvenda à alma Seus divinos desígnios" (Diário, 622).
"...O Senhor, se exige alguma coisa da alma, dá-lhe a possibilidade de executá-la e, pela graça, torna-a capaz de realizar o que dela exige. E, assim, ainda que a alma seja a mais miserável, pode, por ordem do Senhor empreender coisas que ultrapassam o seu entendimento. O sinal, pelo qual se pode conhecer que o Senhor está com essa alma, é que nela se manifesta esse poder e essa força de Deus que a torna corajosa e valente. Quanto a mim, sempre de início me atemorizo um pouco com a grandeza do Senhor, mas depois penetra na minha alma uma paz profunda e imperturbável, uma força interior para o que o Senhor está exigindo em determinado momento" (Diário, 1090). "Deus se comunica à alma de maneira amorosa e a atrai para a profundeza inescrutável da Sua divindade, mas, ao mesmo tempo, a deixa aqui na Terra unicamente para que sofra e agonize de saudade d’Ele. E esse amor forte é tão puro que o próprio Deus se deleita nele, e o amor-próprio não tem parte nas suas ações, (...) e assim [a alma] é capaz de grandes feitos por Deus" (Diário, 856).
"As almas eleitas são como luzes em Minhas mãos, luzes que lanço na escuridão do mundo e o ilumino. Como as estrelas iluminam a noite, assim as almas eleitas iluminam a Terra, e quanto mais perfeita é a alma, tanto mais luz lança em torno de si e alcança mais longe. Pode ser oculta e desconhecida até pelos mais próximos, porém a sua santidade reflete-se nas almas até nos mais distantes confins do mundo" (Diário, 1601). "...existem almas que vivem no mundo que Me amam sinceramente, permaneço com prazer nos seus corações, mas não são muitas. Existem, também, nos conventos almas que enchem de alegria Meu Coração. Nelas estão gravadas Minhas feições (...) mas o seu número é muito pequeno. Elas são o baluarte contra a justiça do Pai Celestial e eles alcancem a misericórdia para o mundo. O amor e o sacrifício dessas almas sustentam a existência do mundo" (Diário, 367).
O TESTAMENTO DE SANTA IRMÃ FAUSTINA
“Domingo da Pascoa. [Festa da Divina Misericórdia] Hoje novamente me ofereci em sacrifício ao Senhor, como holocausto pelos pecadores. Meu Jesus, se já está próximo o fim da minha vida, suplico-Vos humildemente, aceitai a minha morte em união Convosco como um holocausto que hoje Vos faço no pleno gozo das minhas faculdades mentais e com toda a

Diário de Santa Faustina


O DIÁRIO DE SANTA IRMÃ FUSTINA

"Secretária do Meu mais profundo mistério, deves saber que estás em exclusiva intimidade Comigo. A tua tarefa é escrever tudo que te dou a conhecer sobre a Minha misericórdia para o proveito das almas, que lendo estes escritos experimentarão consolo na alma e terão coragem de se aproximar de Mim. E, por isso, desejo que dediques todos os momentos livres a escrever" (Diário, 1693). "Através de ti, como através dessa Hóstia, passarão os raios da misericórdia para o mundo" (Diário, 441). "Meu Coração está repleto de grande misericórdia para com as almas, e especialmente para com os pobres pecadores. Oxalá, possam compreender que Eu sou para eles o melhor Pai, que por eles jorrou do Meu Coração o Sangue e a Água como de uma fonte transbordante de misericórdia. Para eles resido no Sacrário e como Rei de Misericórdia desejo conceder graças às almas (...) Oh! como é grande a indiferença das almas para com tanta bondade, para com tantas provas de amor. (...) para tudo têm tempo, apenas não têm tempo para vir buscar as Minhas graças" (Diário, 367). "Ó infelizes, que não aproveitais esse milagre de misericórdia de Deus! Clamareis em vão, pois já será tarde demais" (Diário, 1448).

domingo, 18 de setembro de 2011

Santa Faustina e a Misericórdia

 
No Coração de Jesus desde 18 de setembro de 2011

Hoje, Santa Faustina é conhecida em todo o mundo como a Apóstola ou a Secretária da Divina Misericórdia. Foi Jesus mesmo quem lhe disse: "Hoje estou te enviando a toda a humanidade, com a minha Misericórdia. Não quero castigar a sofrida humanidade, mas desejo crlá-la, estreitando-a ao meu Misericordioso Coração. (D. 1588). "Es a secretária da minha Misericórdia. Eu te escolhi para esta função nesta e na outra vida: dar a conhecer as almas a grande Misericórdia que tenho para com ela e animá-las á confiança no abismo da minha Miseicordia" (D.1567).



Vocação
A vida espiritual de Helena começara cedo. Em seu Diário escreve: “Quando eu tinha sete anos ouvi pela primeira vez a voz de Deus na minha alma”. Depois da preparação recebida do Pároco, Pe. Romano Pawlowski, em 1914 faz a Primeira Comunhão, momento que muito lhe marcou: “Eu estou contente porque Jesus veio ter comigo e agora posso caminhar com Ele”. A oração se torna mais assídua e fervorosa. A mãe a encontrou várias vezes ajoelhada no chão, principalmente de noite. Helena lhe explicava: “tenho certeza de que é o meu Anjo que me acorda”.Os pais não aceitam facilmente a vocação da filha Helena. Em 1920 e 1922 a jovem lhes pede permissão para entrar no convento, mas os pais o recusam. Não possuem recursos para lhe dar o dote necessário, estão mergulhados em dívidas – e, acima de tudo, estão muito ligados à filha. Neste período recebeu o sacramento da Crisma, em Aleksandrów (1921). De modo especial a adolescente escuta com atenção as homilias dominicais, repetindo-as durante a semana, e também a leitura da Bíblia feita pelo seu pai, que mantém em casa uma pequena biblioteca.
Com dificuldades Helena iniciou os seus estudos (1917). É obrigada a interrompê-los a fim de poder trabalhar como empregada doméstica. Aos 14 anos disse à mãe: “Papai trabalha muito e eu não tenho com que me vestir aos domingos; sou a mais mal-apresentada de todas as moças. Irei trabalhar para ganhar alguma coisa”. O desejo de se consagrar totalmente a Deus lhe acompanha, mas, ante as dificuldades, por um tempo Helena desiste da idéia. Entrega-se, então, à “vaidade da vida”, aos “passatempos”, como anos depois escreveria em seu Diário.Deus, porém, não volta atrás. Estando um dia num baile com sua irmã, uma visão de Cristo Sofredor interpela a jovem Helena: “Até quando hei de ter paciência contigo e até quando tu Me desiludirás?” (Diário, 9). Decide entrar no convento. Bateu em várias portas até ser acolhida no dia 1º/08/1925 na clausura do convento da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia, em Varsóvia. Foi tentada a deixar essa comunidade várias vezes, mas Jesus lhe apareceu e exortou: “Chamei-te para este e não para outro lugar e preparei muitas graças para ti” (D. 19).
Revelações
Dentro da Congregação Helena recebeu o hábito e o nome de Irmã Maria Faustina, em 1926. Dois anos depois faria a primeira profissão dos votos religiosos. Em sua vida exterior nada deixava transparecer da sua profunda vida espiritual, que haveria de incluir as graças extraordinárias da contemplação infusa, o conhecimento da misericórdia divina, visões, aspirações, estigmas escondidos, o dom da profecia e discernimento, e o raro dom dos esponsais místicos (D. 1056). Com humildade exerceu as funções de cozinheira, jardineira e até de porteira. Cumpria fielmente as regras de sua comunidade, em espírito de recolhimento massem nenhum desequilíbrio, deixando ao mesmo tempo transparecer serenidade e benevolência. Um sonho a movia – viver plenamente o mandamento do amor:
“Ó meu Jesus, Vós sabeis que desde os meus mais tenros anos eu desejava tornar-me uma grande santa, isto é, desejava amar-Vos com um amor tão grande com que até então nenhuma alma Vos tinha amado” (D. 1372).O Senhor a escolhe para uma missão especial. Depois de atravessar pela “noite escura” das provações físicas, morais e espirituais, a partir de 22/02/1931, em Plock,o próprio Senhor Jesus Cristo começa a se manifestar à Irmã Faustina de um modo particular, revelando de um modo extraordinário a centralidade do mistério da misericórdia divina para o mundo e a história– presente em todo o agir divino, particularmente na Cruz Redentora de Cristo – e novas formas de culto e apostolado em prol desta sua divina misericórdia. Descreve esta primeira visão:“Da túnica entreaberta sobre o peito saíam dois grandes raios, um vermelho e outro pálido. (...) Logo depois, Jesus me disse: Pinta uma Imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós” (D. 47).Jesus insistirá particularmente no seu desejo de instituir uma Festa em honra da Divina Misericórdia para toda a Igreja, o que haveria de se cumprir somente a partir do ano 2000. Todas estas vivências se encontram relatadas em seu famoso Diário, escrito entre 1934-1938 sob a orientação dos Padres Miguel Sopocko e Andrasz SJ, o primeiro deles beatificado a 28/09/2008.Segundo um dos mais famosos estudiosos do mesmo, Pe. IgnacyRózycki, no Diário – e numa das Cartas de Santa Faustina – encontramos, dentre outros, 83 revelações particulares especiais sobre o mistério e o culto da Divina Misericórdia. Ao longo do Diário descobrimos que Jesus a escolhe como secretária, apóstola, testemunha e dispensadora da divina misericórdia(nn. 965; 1142; 400; 570). Já pode ser considerado como um dos clássicos da espiritualidade católica, ao lado de História de uma alma, A prática do amor a Jesus Cristo, Filotéia e outros.
Páscoa
No dia da sua morte ela recebe o viático do Pe. Andrasz. Pede mas logo recusa uma injeção, dizendo: “Deus exige sacrifício”. Plenamente unida a Deus, na presença da irmã Ligoria, erguendo os olhos para o céu, Irmã Faustina falece com fama de santidade às 22h45min do dia 5/10/1938, com apenas 33 anos de vida. O seu corpo foi depositado no cemitério do convento em Cracóvia-Lagiewniki.A situação na Europa se agravava. Hitler havia invadido a Áustria (11/03/1938). A Polônia entra num período tempestuoso quando Berlim e Moscou dividiram o seu território (22/09/1939). Irmã Faustina rezava pela Polônia. Em setembro de 1938, a jardineira irmã Klemensa foi visitá-la no hospital. Faustina estava reduzida a pele e ossos. Klemensa lhe perguntou: “O senhor Jesus te disse se haverá guerra?”. – “Haverá guerra”, respondeu ela. E depois acrescentou: “...A guerra durará muito tempo, haverá muitas desgraças. Sofrimentos terríveis cairão sobre as pessoas” (in Bergadano, Elena, Faustina Kowalska. Mensageira da Divina Misericórdia, Paulinas, S. Paulo, 2006,p. 81).
Há inúmeros relatos de graças alcançadas por sua intercessão a partir da morte da Ir. Faustina. Um deles se refere a um fato ocorrido durante a II Guerra, assinado por MiquelinaNiewiadomska em Varsóvia, ano de 1946:“Como mensageira do exército clandestino da Polônia, levava um dia um maço de jornais e documentos importantes da imprensa subterrânea, num cesto vulgar, aberto, de modo a não chamar a atenção. Numa paragem, o tranvia [transporte] foi abordado pela polícia da Gestapo, que começou a inspecionar os passageiros. Antes que eu desse conta, estava a meu lado. Apanhada de improviso, sabia que não tinha maneira de escapar e deitei o cesto no chão. O que estava dentro caiu, com o livrinho intitulado ‘Jesus, eu confio em Vós’ por cima de tudo. Um dos policiais baixou-se para o apanhar e em voz baixa segredou-me: ‘E eu também confio n’Ele’, e, voltando-se, permitiu que eu apanhasse os papéis” (in Andrasz-Sopocko, A misericórdia de Deus. A única esperança da humanidade, 2ª ed., Tipografia Porto Médico L.da, Porto, 1956, pp. 88s).
O processo informativo para a canonização da Irmã Faustina se iniciou em 1965. O Cardeal KarolWojtyla o encerra com uma sessão solene no dia 20/09/1967. Anos depois (1978) KarolWojtyla se tornaria o Papa João Paulo II, e por suas mãos Irmã Faustina seria beatificada (1993) e canonizada (2000), tornado-se assim a primeira santa canonizada no III Milênio cristão. O milagre que permitiu a sua canonização foi a cura do Pe. Romualdo P. Pytel que sofria de “estenose aórtica predominante, calcificada e localizada na bicúspide, com insuficiência aórtica associada, e descompensação cardíaca esquerda” (in Laria, Raffaele, Santa Faustina e a Divina Misericórdia, Paulus, Apelação, 2004, p. 84). A data de sua celebração litúrgica é o dia 5 de outubro, que marca seu nascimento para o céu.
Caro devoto e apóstolo de Jesus Misericordioso:
Se você deseja conhecer mais sobre a vida desta grande cristã, adquira o Diário de Santa Faustinaea biografia escrita por Sophia Michalenko, intitulada: Misericórdia – Minha Missão, através do nosso Apostolado.“A Misericórdia é o maior atributo de Deus” (D. 611)Santa Faustina Kowalska: rogai por nós!Apostolado da Divina MisericórdiaFone: (41) 3348-5043  ::  Fax: (41) 3348-4303 Santuário da Divina Misericórdia - R. Estrada do Ganchinho, 570, Umbará, Curitiba, PR - Fone: (41) 3348-2784