A divulgação da "comunidade monastica comunhao e misericórdia", e toda a história real de santa Faustina e Jesus misericordioso.
Nossa Senhora de
Nazaré
O Círio de
Nazaré, em devoção a Nossa Senhora de Nazaré, é a maior manifestação religiosa
Católica do Brasil e um dos maiores eventos religiosos do mundo, reunindo cerca
de seis milhões de pessoas em todos os cultos e procissões. Em Portugal é
celebrada no dia 8 de Setembro na vila da Nazaré e é celebrada, desde 1793, na
cidade de Belém do Pará, anualmente, no segundo domingo de outubro. Outras
regiões devido a migração de paraenses acabaram criando a procissões para
estarem mais próximos de Belém, mesmo que pelo ato de Fé. O Termo
"Círio" tem origem na palavra latina "Cereus", que
significa vela grande. No Brasil, no início era uma romaria vespertina, e até
mesmo noturna, daí o uso de velas. No ano de 1854, para evitar a repetição da
chuva torrencial como a que havia caído no ano anterior, a procissão passou a
ser realizada de manhã. O Círio foi instituído em 1793 em Belém do Pará, e até
1882, saía do Palácio do Governo. Em 1882, o bispo Dom Macedo Costa, em acordo
com o Presidente da Província, Dr. Justino Carneiro, instituiu que a partida do
Círio seria da Catedral da Sé, em Belém.
Alguns
estudiosos estão considerando o Círio de Nazaré em Belém do Pará, como sendo a
maior manifestação religiosa do Planeta. Consegue congregar dois milhões de
pessoas em uma só manhã.
A Sagrada Imagem de Nossa Senhora da Nazaré, Portugal
Segundo a
interessante Lenda da Nazaré a antiquíssima imagem da Virgem teve origem em
Nazaré, na Galileia, e representa a Virgem Maria sentada, de cor escura, tendo
no seu colo o Menino Jesus, o qual amamenta. A estátua, entalhada em madeira e
identificada como original dos primeiros séculos do Cristianismo, percorreu a cristandade
desde Nazaré (Israel) passando por Mérida (Espanha) até surgir no ano de 711 em
Nazaré (Portugal). No século XII, se tornou símbolo de fé do cavaleiro D. Fuas
Roupinho, o qual mandou erigir a Capela da Memória em agradecimento à Virgem
(1182), após milagrosamente ter se salvo de um acidente muito grave quando,
montado a cavalo, perseguia um cervo. A capela foi erigida sobre uma gruta onde
estava a sagrada imagem. Em 1377 o rei D. Fernando (1367-1383) fundou um templo
maior, o Santuário de Nossa Senhora da Nazaré, para onde transferiu a imagem.
Desde então, a 8 de Setembro, anualmente, os portugueses se reúnem no Sítio da
Nazaré, para reverenciar Nossa Senhora da Nazaré. A principal romaria, o Círio
da Prata Grande, vem anualmente do concelho de Mafra e transporta, numa
berlinda, uma imagem de Nossa Senhora da Nazaré que não é uma réplica da
Verdadeira imagem, pois esta está sentada e a imagem do Círio está de pé,
existindo ainda outras diferenças. A imagem de Nossa Senhora da Nazaré venerada
no Brasil, em Belém, é semelhante à imagem de Nossa Senhora da Nazaré do
principal Círio português.
No Brasil
A introdução
da devoção à Senhora da Nazaré, no Pará, foi feita pelos padres jesuítas, no
século XVII. Embora o culto tenha se iniciado na povoação da Vigia, a tradição
mais conhecida relata que, em 1700, Plácido, um caboclo, descendente de
portugueses e de índios, andava pelas imediações do igarapé Murutucu (área
correspondente, hoje, aos fundos da Basílica) quando encontrou uma pequena
estátua de Nossa Senhora da Nazaré. Essa imagem, réplica de outra que se
encontra em Portugal, entalhada em madeira com aproximadamente 28 cm de altura,
encontrava-se entre pedras lodosas e bastante deteriorada pelo tempo e pelos
elementos. Plácido levou a imagem consigo para casa, onde tendo-a limpado,
improvisou um altar. De acordo com a tradição local, a imagem retornou
inexplicavelmente ao lugar do achado por diversas ocasiões até que,
interpretando o fato como um sinal divino, o caboclo decidiu erguer às próprias
custas uma pequena ermida no local, como sinal de devoção. A divulgação do
milagre da imagem santa atraiu a atenção dos habitantes da região, que passaram
a acorrer à capela, para render-lhe homenagem.
A atenção do então governador da Capitania,
Francisco da Silva Coutinho, também foi atraída à época, tendo este determinado
a remoção da imagem para a Capela do Palácio da Cidade, em Belém. Não obstante
ser mantida sob a guarda do Palácio, a imagem novamente desapareceu, para
ressurgir em seu nicho na capela. Desse modo, a devoção adquiriu caráter
oficial, erguendo-se atualmente, no lugar da primitiva ermida, uma capela, hoje
a suntuosa Basílica de Nossa Senhora de Nazaré. Em 1773 o bispo do Pará, Dom
João Evangelista, colocou a cidade de Belém sob a proteção de Nossa Senhora de
Nazaré. No início do ano seguinte (1774), a imagem foi enviada a Portugal, onde
foi submetida a uma completa restauração. O seu retorno ocorreu em outubro
desse mesmo ano, tendo a imagem sido transportada, do porto até ao santuário, pelos
fiéis em romaria, acompanhada pelo Governador, pelo Bispo e pelas demais
autoridades, civis e eclesiásticas, escoltadas pela tropa. Este foi considerado
o primeiro Círio, que etimologicamente designa uma vela grande de cera. Desde
então, o Círio de Nazaré é realizado anualmente, no segundo domingo do mês de
Outubro. Entre os milagres mais expressivos atribuídos à imagem de Belém,
encontra-se o que envolveu os passageiros do brigue português "São João
Batista". Partindo de Belém rumo a Lisboa, no dia 11 de Julho de 1846, a
embarcação de dois mastros à vela veio a naufragar decorridos poucos dias da
partida, sendo os passageiros salvos por um bote que os conduziu de volta a
Belém. Este brigue seria a mesma embarcação que, anos antes (1774), havia
transportado a imagem de Nossa Senhora de Nazaré a Lisboa, para ser restaurada;
o bote que salvou os náufragos também seria o mesmo que tinha levado a imagem
até ao brigue ancorado no porto de Belém. O bote passou a acompanhar a
procissão a partir do ano de 1885.
Apesar de o
Círio de Nazaré de Belém (PA) ser o mais conhecido no Brasil, o Círio mais
antigo do Brasil data de 8 de setembro 1630 na cidade de Saquarema no Estado do
Rio de Janeiro. Após noite tempestuosa a miraculosa imagem de Nossa Senhora de
Nazareth foi encontrada por pescadores nos penedos que separa o mar da lagoa
onde hoje se encontra a Igreja Matriz. Segundo a lenda, a imagem sempre
retornava aos penedos onde foi encontrada, e por este motivo, os religiosos da
época acreditando ser um sinal dos céus, resolveram dar início a construção de
primeiramente uma capela, que mais tarde deu lugar ao templo atual. O
Reconhecimento do Círio de Saquarema como o mais antigo do Brasil se deu com a
visita da imagem peregrina de Belém (PA) em 23 de setembro de 2009.
Romarias Oficiais
Atualmente as
manifestações de devoção religiosas estendem-se por quinze dias, durante a
chamada quadra Nazarena. Entre os pontos altos dessa manifestação, destacam-se:Traslado
Assim chamada, porque marca o percurso da imagem de Nossa Senhora de Nazaré, da
Basílica de Nazaré, pelas ruas da cidade, até a igreja matriz, no município de
Ananindeua, município vizinho a Belém. Percurso este, feito em carro aberto,
onde Nossa Senhora recebe inúmeras homenagens. A imagem da Santa, passa a noite
neste município, onde o povo fica durante toda à noite em vigília. Essa Romaria
acontece de sexta para sábado, que antecede o domingo do círio.Esta romaria
normalmente sai as 9:00 da Basílica de Nazaré, e segue pela Avenida Nazaré,
Almirante Barroso, BR-316, Ananindeua, Marituba e volta para Ananindeua até a
Igreja Matriz.
Romaria Rodoviária
Depois de uma
noite em Ananindeua, e uma missa pela manhã, a imagem parte de madrugada em
mais uma procissão, agora em uma nova direção, a Vila de Icoaraci, distrito de
Belém. Mesmo sendo de madrugada, os fiéis aguardam a passagem da Santa,
rendendo-lhe inúmeras homenagens. A procissão é acompanhada pelos carros da
diretoria do círio, carros de polícia, bombeiros, ambulâncias, carros oficiais
e civis. Daí a origem do nome da romaria. Garnier Sampaio (H-37) liderando a
romaria fluvial do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, em 2005.
Romaria Fluvial
Nesta romaria,
a imagem da Santa é levada de barco, pela Baia do Guajará, baia esta que cerca
a cidade de Belém, e é seguida por inúmeros outros, enfeitados de acordo com as
condições do próprio dono. Aqui se vêem barcos, iates e simples canoas de
ribeirinhos que seguem a procissão. O percurso Icoaraci-Belém pode levar até 5
horas. Ao chegar no cais do porto da cidade, é recebida por uma multidão e
outras homenagens se seguem. A romaria foi introduzida em 1985, como uma forma
de homenagear a todos os que vivem e dependem dos rios da região, como a
população ribeirinha, que devido suas condições não pode se dirigir a Belém, e
com isso, pode fazer suas homenagens.
Moto-Romaria
Por volta das
11 horas da manhã de sábado, a imagem da Santa chega ao cais de Belém, dali a
imagem segue em carro aberto, agora seguida por motoqueiros que buzinam
incessantemente, anunciando a passagem da Santa, o povo para nas ruas seus
afazeres, saem de suas casas, e saúdam a Virgem, com as mãos levantadas, como a
pedir a bênção. A Romaria se estende pelas ruas da cidade até o Colégio Gentil
Bittencourt, onde uma outra multidão de fiéis espera a Imagem. E à noite, logo
após a missa, dará início a Trasladação.
Trasladação
A trasladação
da imagem ocorre uma noite antes do Círio, em uma procissão à luz de velas.
Simbolicamente visa recordar a lenda do descobrimento da imagem e o retorno ao
local de seu primeiro achado. Nesta cerimonia somente a Berlinda (carro onde é
levada a imagem de Nossa Senhora) é utilizada, num trajeto em sentido inverso
ao do Círio
Procissão do Círio
Que atualmente
reúne centenas de milhares de fiéis (mais de 2 milhões e 300 mil ), em um
cortejo, que em épocas recentes chegou a durar cerca de nove horas, e que hoje,
devido a uma melhor organização e planejamento por parte da diretoria da festa
demora bem menos, percorrendo uma distância de cerca de cinco quilômetros entre
a Catedral Metropolitana e a Basílica de Nazaré. Esta celebração é dividida em
três momentos: o Círio propriamente dito evento é iniciado às seis horas da
manhã com a celebração de uma missa, após a qual os fiéis se postam nas ruas ao
longo do trajeto. Às sete horas, o Arcebispo conduz a imagem de Nossa Senhora
até a Berlinda, para dar início ao Círio. Antigamente e até o iníco dos anos
2000, chegava no destino por volta das duas horas da tarde. Hoje, isso acontece
antes mesmo do meio-dia a imagem chega à Basílica de Nazaré, sendo retirada da
Berlinda para a celebração litúrgica.
Ciclo-romaria'
É a mais nova das procissões. Foi
criada em 2004 a pedido da Federação dos Ciclistas do Pará e da Associação dos
Ciclistas de Icoaraci. É realizada no sábado posterior ao Círio, com saída da
Praça Santuário e percorre aproximadamente 9 km e a cada ano é definido um novo
trajeto.
Romaria da Juventude
É considerada
a mais animada de todas as 11 romarias oficiais da chamada "quadra
nazarena". A procissão acontece desde 2001, nela comunidades juvenis de
várias paróquias se reúnem para louvar a Rainha da Amazônia. É um modo de
mostrar a integração das paróquias e a alegria da juventude católica. Em 2012,
além da berlinda com a imagem da santa, foram levados, na procissão, os
símbolos da Jornada Mundial da Juventude, a cruz missionária e o ícone de Nossa
Senhora.
Recírio Duas semanas após o Círio, acontece o Recírio, uma
procissão de despedida.
Os símbolos
O Círio tem
vários objetos simbólicos que podem ser apreciados durante o seu trajeto. Os
principais são: A berlinda, que leva a imagem da Santa; A corda, espaço de
pagamento de promessas dos romeiros.
A corda, que
sustenta a fé na padroeira dos paraenses, possui a média de 400 metros de
comprimento e pesa aproximadamente 700 quilos, de puro sisal torcido, que
requer maior sacrifício físico e emocional. Incorporada à celebração em 1868,
originalmente substituía a junta de bois que até então puxava a berlinda da
imagem; posteriormente passou a ser utilizada para separar a berlinda e o carro
dos milagres juntamente com os políticos e signatários, da multidão que a
acompanha e assim conservar um equilíbrio perfeito característico da fé aliada
a obediência. No ano de 2005 a direção do Círio, modificou o formato da corda,
que ao invés de contornar a berlinda como normalmente era feito, a corda ainda
do mesmo tamanho, veio na forma de um rosário, na tentativa de que não
ocorressem atrasos no traslado, como já havia ocorrido anos antes.
O manto é mais
um dos símbolos da Festa de Nazaré. A cada procissão, há sempre um novo manto
envolvendo a figura de Nossa Senhora. O manto tem sempre uma conotação mística,
relatando partes do evangelho. Confeccionado com material caro e importado. O trabalho
da confecção do manto iniciou-se pelas filhas de Maria. Anos depois, assumindo
a confecção do mesmo, a irmã Alexandra, da Congregação das Filhas de Sant’Ana.
Com a sua morte, a confecção do manto ficou por conta de uma ex-aluna interna
do Colégio Gentil Bittencourt, Srta. Esther Paes França, que por 19 anos o
teceu, e de suas mãos saíram os mais belos mantos. A confecção do manto é toda
envolvida em clima de mistério, feitas com a ajuda de doações, quase sempre
anônimas.
As velas, ou
círios, são feitas de cera, em vários formatos, retratando partes do corpo
humano, ou ainda, uma vara de cera da mesma altura do pagador da promessa. As
velas, são um símbolo da fé dos promesseiros, que através delas, 'pagam' a uma
graça alcançada. Os carros de promessas ou dos milagres, que recolhem os
ex-votos ilustrativos das graças alcançadas pelos fiéis; As crianças,
tradicionalmente vestidas de anjos; As homenagens de fogos de artifício,
queimados durante a passagem da imagem pelas ruas do centro histórico de Belém.
Outros símbolos também integram a tradição: As novenas, ciclos de orações
realizadas durante as semanas que antecedem a festividade, por devotos que
realizam pequenas romarias pelas casas de vizinhos. Os cartazes oficiais anunciando
a festividade.
O almoço com a
família, realizado no domingo da procissão, como um ato de comunhão.
Tradicionalmente é composto de: Pato no tucupi, tradicional prato da culinária
paraense, acompanhado de arroz branco. Maniçoba, também tradicional item da
culinária da região. O arraial no largo de Nazaré, em frente à Basílica. os
brinquedos de miriti. Datas e quantidade de pessoas, A procissão do Círio
acontece a cada segundo domingo de Outubro, sua data portanto é móvel. A seguir
a numeração ordinal dos Círios de Nazaré, as suas datas, e a quantidade
aproximada de pessoas que participaram.
220º - 14 de outubro de 2012 : 2
milhões e 350 mil pessoas, durou aproximadamente 6 horas
219º - 9 de outubro de 2011 : 2,3
milhões de pessoas, durou 5 horas e meia
218° - 10 de outubro de 2010 : 2
milhões e 250 mil pessoas, durou 6 horas
217° - 11 de outubro de 2009 : 2
milhões e 200 mil pessoas, durou 7 horas
216° - 12 de outubro de 2008: 2
milhões de pessoas, durou 7 horas
215° - 14 de outubro de 2007: 2
milhões e 700 mil pessoas, durou 7 horas
214º - 8 de outubro de 2006: 2
milhões e 250 mil pessoas, durou 5 horas e meia
213º - 9 de outubro de 2005: 2
milhões de pessoas, durou 5 horas (devido a um incêndio, o trajeto foi
encurtado)
212º - 10 de outubro de 2004: 1
milhão e 700 mil pessoas, durou mais de 9 horas (o mais longo da história e o
último a usar a corda em formato de "U", passando a ter 5 estações,
como o rosário católico.)
Referências
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. (Redirecionado de
Círio de nossa senhora de nazaré).
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