quarta-feira, 2 de abril de 2014

PAPA E A BEATIFICAÇÃO DIA 3 DE ABRIL DE 2014

A divulgação da "comunidade monástica comunhão e misericórdia", e toda a história real de santa Faustina e Jesus misericordioso.

Papa Francisco confirma canonização de João Paulo II e João XXIII em 2014
Anúncio foi feito pelo papa Francisco em encontro com os cardeais nesta segunda-feira
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O papa polonês João Paulo II e o italiano João XXIII serão canonizados em 27 de abril de 2014, em uma cerimônia solene no Vaticano durante a qual serão elevados à glória dos altares dois líderes muito diferentes da Igreja no século XX. O anúncio foi feito nesta segunda-feira pelo próprio papa Francisco, após a convocação de um consistório ou reunião de cardeais para confirmar as datas para a canonização João XXIII (1958-1963) e João Paulo II (1978-2005).
Ao lado de Pio X, canonizado em 3 de setembro de 1954, constituem três pontífices proclamados santos nos últimos 100 anos. A data da dupla canonização já havia sido revelada por fontes do Vaticano e corresponde à festa da Divina Misericórdia, estabelecida por João Paulo II no primeiro domingo depois da Páscoa. 
Milhares de pessoas, boa parte delas procedentes da Polônia, comparecerão à cerimônia na praça de São Pedro para santificar dois pontífices muito diferentes: um humilde e próximo do povo, outro carismático e capaz de seduzir as multidões.
João Paulo II, primeiro papa polonês da história, conservador e muito popular nos mais de 100 países aos quais levou a palavra da Igreja, será canonizado apenas nove anos depois de sua morte, um tempo recorde.
Bento XVI preferiu não levar em consideração o prazo obrigatório de cinco anos para abrir o processo de beatificação e canonização do antecessor, que foi beatificado em maio de 2011. Francisco inovou para canonizar João XXIII, sem esperar a atribuição de um milagre.
A decisão do Papa de canonizar João XXIII (Angelo Giusepe Roncalli) sem milagre, apesar de não ser tomada com frequência, é uma prerrogativa do chefe da Igreja Católica, que deseja valorizar o exemplo do chamado "papa bom", autor da encíclica "Pacem in terris", e evitar ao mesmo tempo o culto à personalidade provocado pelo polonês Karol Wojtyla.
João XXIII convocou o grande Concílio Vaticano II (1962-1965), que abriu a Igreja ao mundo para modernizar a instituição. Foi uma pessoa simples e de bom humor, atitude parecida com a de Francisco atualmente.
A canonização conjunta dos papas mostra a intenção de Francisco de manter o equilíbrio entre duas figuras muito diferentes da Igreja, que geram devoção. No dia 5 de julho, o papa Francisco assinou um decreto que atribuiu um segundo milagre por intercessão de João Paulo II, ocorrido na Costa Rica.
João Paulo II
O futuro santo marcou o final do século XX por ter sido um pontífice aberto ao diálogo e, ao mesmo tempo, inflexível em temas morais, que contribuiu para a queda do comunismo. João Paulo II manteve durante o longo pontificado posturas morais conservadoras, que resultaram em críticas de alguns fiéis em determinadas ocasiões. Seu pontificado entrou para a história pelas viagens apostólicas realizados no mundo inteiro: 104 fora da Itália, visitando 129 países. "Um grande missionário. O novo São Paulo", definiu recentemente Francisco.
Atualmente, alguns críticos questionam sua falta de determinação e transparência para tratar as denúncias de abusos de pedofilia cometidos por autoridades religiosas. Alguns não perdoam o fato de não ter aplicado contra os padres condenados por pedofilia a mesma intransigência que reservou aos setores mais progressistas da Igreja, como os representantes da Teologia da Libertação latino-americana, que afastou sem titubear da Igreja.
No caso de João XXIII, Francisco considerou que não era necessário demonstrar que intercedeu em um milagre. A atribuição ao beato João Paulo II deste segundo milagre foi fundamental para sua rápida canonização.
João XXIII
Figura muito popular, sobretudo na Itália, João XXIII era considerado um progressista porque promovia o diálogo com os não cristãos e os não fiéis. Eleito na realidade como um papa de transição após a morte de Pio XII, em 25 de janeiro de 1959, deixou todos boquiabertos ao anunciar a realização do Concílio Vaticano II, uma assembleia com todos os bispos do mundo para mudar a Igreja, evento que inaugurou pessoalmente em 11 de outubro de 1962.
"Eu vou abrir a janela da Igreja com o objetivo de que possamos ver o que acontece fora e que o mundo possa ver o que acontece em nossa casa", clamou então, palavras que inegavelmente inspiram o papado do argentino Francisco.


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