quarta-feira, 15 de maio de 2013

NOVENA AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS III

A divulgação da "comunidade monástica comunhão e misericórdia", e toda a história real de santa Faustina e Jesus misericordioso.


NOVENA AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS III


Oração Preparatória para todos os dias

Oh! Coração diviníssimo de meu amado Jesus, em quem a Santíssima Trindade depositou tesouros imensos de celestiais graças! Concedei-me um coração semelhante a Vós mesmo, e a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, vosso sagrado culto e bem de minha alma. Amém
Rezar a oração do dia que corresponda.

Primeiro Dia 

Oração:
Oh! Coração Sacratíssimo e poderoso de Jesus, que, com fervorosissimos desejos e ardentíssimos amor, desejais corrigir e desterrar a secura e fraqueza de nossos corações! Inflamai e consume as maldades e imperfeições do meu, para que se abrase em vosso amor; Dai-me a graça de ressarcir as injúrias e ingratidões feitas contra Vós. Oh! amantíssimo Coração!,concedei-me a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, culto vosso e bem de minha alma.

Três Pai-Nossos e três Ave-Marias em reverência as três insígnias da Paixão com que se mostrou o Sagrado Coração a Santa Margarida de Alacoque e as orações finais.

Segundo Dia 

Oração:
Oh! Coração amabilíssimo de Jesus, celestial porta por onde nós chegamos a Deus e Deus vem a nós!
Dignai-vos estar atento a nossos desejos e amorosos suspiros, para que, entrando por vos na casa de vosso Eterno Pai, recebamos suas celestiais benções e copiosas graças para amar-vos.
Dai-me a graça de ressarcir as injúrias e ingratidões feitas contra vós.
Oh! amantíssimo Coração!,concedei-me a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, culto vosso e bem de minha alma.


Três Pai-Nossos e três Ave-Marias e as orações finais.

Terceiro Dia 
]Oração:
Oh! Coração Santíssimo de Jesus, caminho para a mansão eterna e fonte de águas vivas! Concedei-me que siga vossas sendas retíssimas para a perfeição e para o céu, e que beba de vós a água doce e saudável da verdadeira virtude e devoção, que apaga a sede de todas as coisas temporais. Dai-me a graça de ressarcir as injúrias e ingratidões feitas contra vós. Oh! amantíssimo Coração!,concedei-me a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, culto vosso e bem de minha alma.


Três Pai-Nossos e três Ave-Marias e as orações finais.

Quarto Dia 

Oração:
Oh! Coração puríssimo de Jesus, espelho cristalino em quem resplandece toda a perfeição!
Concedei-me que eu possa contemplar-vos perfeitamente, para que aspire a formar em meu coração a vossa semelhança, na oração, na ação e em todos os meus pensamentos, palavras e obras. Dai-me a graça de ressarcir as injúrias e ingratidões feitas contra vós. Oh! amantíssimo Coração!,concedei-me a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, culto vosso e bem de minha alma.


Três Pai-Nossos e três Ave-Marias e as orações finais.

Quinto Dia 

Oração:
Oh! Coração dulcíssimo de Jesus, parte da Trindade venerada, por quem se tornam perfeitas todas as nossas obras! Eu vos ofereço as minhas, ainda que tão imperfeitas, para que suprindo vós a minha negligência, possam parecer muito perfeitas e agradáveis ante o divino acatamento.
Dai-me a graça de ressarcir as injúrias e ingratidões feitas contra vós. Oh! amantíssimo Coração!,concedei-me a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, culto vosso e bem de minha alma.


Três Pai-Nossos e três Ave-Marias e as orações finais.

Sexto Dia 

Oração:
Oh! Coração amplíssimo de Jesus, templo sagrado onde me mandais que habite com toda minha alma, potencias e sentidos! Graças vos dou pela inexplicável quietude. Sossego e alegria que eu tenho achado neste templo maravilhosos da paz, onde descansarei eternamente. Dai-me a graça de ressarcir as injúrias e ingratidões feitas contra vós. Oh! amantíssimo Coração!,concedei-me a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, culto vosso e bem de minha alma.


Três Pai-Nossos e três Ave-Marias e as orações finais.

Sétimo Dia 

Oração:
Oh! Coração clementíssimo de Jesus!, divino propiciatório, pelo qual ofereceu o Eterno Pai que ouviria sempre nossas orações, dizendo: "Peça-me pelo Coração de meu amantíssimo Filho Jesus; por este Coração te ouvirei, e alcançarás quanto me peças". Apresento através de Vós a vosso Eterno Pai todos os meus pedidos, para conseguir o fruto que desejo.
Dai-me a graça de ressarcir as injúrias e ingratidões feitas contra vós.
Oh! amantíssimo Coração!,concedei-me a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, culto vosso e bem de minha alma.
Três Pai-Nossos e três Ave-Marias e as orações finais.

Oitavo Dia 

Oração:
Oh! Coração amantíssimo de Jesus, trono ígneo e lucidíssimo, inflamado no amor dos homens, a quem desejais abrasados mutuamente em vosso amor! Eu desejo viver sempre respirando chamas de amor divino em que me abrase, e com que acenda a todo o mundo, para que nós correspondamos a vós amorosos e obsequiosos. Dai-me a graça de ressarcir as injúrias e ingratidões feitas contra vós. Oh! amantíssimo Coração!,concedei-me a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, culto vosso e bem de minha alma.


Três Pai-Nossos e três Ave-Marias e as orações finais.

Nono Dia 

Oração:
Oh! Coração dolorosíssimo de Jesus, que para abrandar nossa dureza e fazer mais patente o amor com que padecestes tantas dores e penas para salvar-nos, vós quisestes nos mostrar a cruz, a coroa de espinhos e ferida da lança, com que vos manifestastes paciente e amante ao mesmo tempo! Dai-me a graça de ressarcir as injúrias e ingratidões feitas contra vós. Oh! amantíssimo Coração!,concedei-me a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, culto vosso e bem de minha alma. Amém.


Três Pai-Nossos e três Ave-Marias e as orações finais.

Orações Finais 

Ao Pai eterno. 
Oh! Pai Eterno! Por meio do Coração de Jesus, minha vida, minha verdade e meu caminho, chego a vossa Majestade; por meio deste adorável Coração, vos adoro por todos os homens que não vos adoram; vos amo por todos os que não vos amam; vos conheço por todos os que, voluntariamente cegos, não querem conhecer-vos. Por este diviníssimo Coração desejo satisfazer a vossa Majestade por todas as obrigações que vos tem todos os homens; vos ofereço todas as almas redimidas com o precioso sangue de vosso divino Filho, e vos peço humildemente a conversão de todas pelo o mesmo suavíssimo Coração. Não permitais que seja por mais tempo ignorado por elas o meu amado Jesus; fazei que vivam por Jesus, que morreu por todas elas.
Apresento também a vossa Majestade, por este Santíssimo Coração, vossos servos, meus amigos, e vos peço que concedeis seu Espírito Santo, para que, sendo seu protetor o mesmo Santíssimo Coração, mereçam estar convosco eternamente. Amém.


Fazer aqui o pedido que se deseja obter com esta novena

Oração: Oh! Coração diviníssimo de Jesus, digníssimo da adoração dos homens e dos anjos!
Oh! Coração inefável e verdadeiramente amável, digno de ser adorado com infinitas glórias, por ser fonte de todos os bens, por ser origem de todas as virtudes, por ser o objeto em quem mais se agrada toda a Santíssima Trindade entre todas as criaturas! Oh! Coração dulcíssimo de Jesus! eu profundíssimamente vos adoro com todas as forças de meu pobre coração, eu vos adoro, eu vos ofereço as adorações todas dos mais amantes serafins e de toda vossa corte celestial e todas as que vos pode dar o Coração de vossa Mãe Santíssima. Amém.


Hino da Mãe Peregrina (Mãe Rainha)

A divulgação da "comunidade monástica comunhão e misericórdia", e toda a história real de santa Faustina e Jesus misericordioso.



Hino da Mãe Peregrina (Mãe Rainha)

Pe. Antonio Maria 







Mãe admirável, ò mãe peregrina,
A tua visita aquece e ilumina,
Pois trazes contigo teu filho Jesus,
Que é vida, caminho, verdade e luz.
Por nossa Judéia, ó mãe, com carinho,
Tu vens apressada, estás a caminho,
E onde tu chegas, a paz faz morada,
As portas te abrimos, em cada chegada.
De teu santuário, tu vens, peregrina,
A graça trazendo, que lá se origina.
Ao dar-nos abrigo, transformas pro bem.
Nosso apostolado, abençoas também.
Unida a teu filho, és co-redentora,
Milagres alcanças, doce intercessora,
A água é mudada, em vinho de amor,
Também de esperança, e de fé no senhor.
Rezando e vivendo, o santo rosário,
Será nossa casa, também santuário,
Oh fica conosco, haja o que houver,
Faremos contigo, o que cristo disser.


terça-feira, 14 de maio de 2013

Orações a Divina Misericórdia

A divulgação da "comunidade monástica comunhão e misericórdia", e toda a história real de santa Faustina e Jesus misericordioso.



Orações a Divina Misericórdia




A humanidade inteira
  
"Ó Deus de grande Misericórdia, bondade infinita, eis que hoje a humanidade toda clama do abismo da sua miséria a Vossa Misericórdia, a Vossa Compaixão, e clama com sua potente voz de miséria. Deus clemente, não rejeiteis a oração dos exilados desta terra. Senhor, bondade inconcebível, que conheceis profundamente a nossa miséria e sabeis que com nossas próprias forças não temos condições de nos elevar até Vós, por isso vos suplicamos, adiantai-vos ao nosso pedido com a Vossa graça e multiplicai em nós sem cessar a Vossa Misericórdia, para que possamos cumprir a Vossa Santa Vontade durante toda a nossa vida e na hora da morte. Que o poder da Vossa Misericórdia nos defenda dos ataques dos inimigos da nossa salvação, para que aguardemos com confiança, como Vossos filhos, a Vossa Vinda última, dia que somente a Vós é conhecido, e esperamos que alcançaremos tudo que nos foi prometido por Cristo, apesar de toda a nossa miséria, porque Cristo é a nossa confiança; pelo seu Coração Misericordioso, como por uma porta aberta, entramos no Céu".

Pelos pecadores

"Jesus, verdade eterna, nossa vida, peço e suplico vossa misericórdia para os pobres pecadores. Dulcissimo Coração do meu Senhor, cheio de compaixão e misericórdia inescrutável, suplico-vos pelos pobres pecadores. Ó Coração Santíssimo, fonte de misericórdia, do qual brotam raios de graças incompreensíveis para todo o gênero humano, suplico-Vos luz para os pobres pecadores. Ó Jesus, lembrai-vos da vossa amarga paixão e não permitais que se percam as almas remidas com vosso precioso sangue santíssimos. Ó Jesus, quando medito sobre esse grande preço do vosso sangue, alegro-me com a sua grandeza, porque uma só gota seria suficiente para todos os pecadores. Embora o pecado seja o abismo da maldade e da ingratidão, contudo o preço oferecido por nós é sempre imcomparável; por isso, que toda a alma confie na paixão do Senhor, e confie na misericórdia. Deus não negará a ninguém sua misericórdia. O céu e a terra poderão mudar, mas não se esgotará a misericórdia divina. Ó, que alegria arde em meu cor~ção quando vejo essa bondade inconcebível, ó meu Jesus. Desejo trazer todos os pecadores a Vossos pés, para que louvem por todos os séculos a vossa misericórdia".

Pelas almas do purgatório

"Misericordiosíssimo Jesus, que disseste que quereis misericórdia, eis que estou trazendo à morada do vosso compassivo Coração, as almas do purgatório, almas que vos são mui queridas e que no entanto devem reparar a vossa justiça; que as torrentes de sangue e a água que brotaram do vosso Coração apaguem as chamas do fogo do purgatório, para que também ali seja glorificado o poder da vossa misericórdia".

Oração pela Igreja e pelos Sacerdotes
"Ó meu Jesus, peço-vos por toda a Igreja; concedei-lhe o amor e a luz do Espírito Santo; dai força às palavras dos sacerdotes, de modo que rompam mesmo os corações mais endurecidos e os façam retornar a vós, ó Senhor. Senhor, dai-nos santos sacerdotes e vós mesmo conservai-os em santidade. Ó Divino e Sumo Sacerdote que o poder da vossa Misericórdia os acompanhe por onde andarem e os proteja contra as maquinações que o demônio não cessa de armar às almas de cada sacerdote. O poder de vossa Misericórdia, ó Senhor, destrua tudo o que poderá ofuscar a santidade do sacerdote, porque vós tudo podeis. Peço-vos, Jesus, abençoai com uma luz especial os sacerdotes com os quais me devo confessar durante minha vida. Amém."

Louvores à Misericórdia de Deus

O Amor de Deus é a flor – e a Misericódia o fruto.
Que a alma que desconfia leia antes louvores da Misericórdia e torne-se confiante.
Misericórdia Divina, que brota do seio do Pai, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, atributo máximo de Deus, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, mistério inefável, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, fonte que brota do mistério da Santíssima Trindade, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nenhuma mente nem angélica nem humana pode prescrutar, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, da qual provém toda a vida e felicidade, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, mais sublime do que os Céus, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, fonte de milagres e prodígios, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que envolve o universo todo, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que desce ao mundo na Pessoa do Verbo Encarnado, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que brotou da chaga aberta do Coração de Jesus, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, encerrada no Coração de Jesus para nós e sobretudo para os pecadores, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, imperscrutável na instituição da Eucaristia, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, no sacramento do Santo batismo, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, na nossa justificação por Jesus Cristo, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos acompanha por toda a vida, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos envolve de modo particular na hora da morte, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos concede a vida imortal, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos acompanha em todos os momentos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos defende do fogo do inferno, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, na conversão dos pecadores endurecidos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, enlevo para os anjos, inefável para os santos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, insondável em todos os mistérios Divinos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos eleva de toda miséria, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, fonte de nossa felicidade e alegria, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que do nada nos chama para a existência, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que abrange todas as obras das suas mãos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que coroa tudo que existe e que existirá, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, na qual todos somos imersos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, doce consolo para os corações atormentados, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, única esperança dos desesperados, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, repouso dos corações, paz em meio ao terror, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, delícia e êxtase dos santos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que desperta a confiança onde não há esperança, eu confio em Vós.

"Ó Deus Eterno, em quem a Misericórdia é insondável, e o tesouro da compaixão é inesgotável, olhai propício para nós e multiplicai em nós a vossa Misericórdia, para que não desesperemos nos momentos difíceis, nem esmoreçamos, mas nos submetamos com grande confiança à Vossa Santa Vontade, que é amor e a própria Misericórdia. Amém."

Ab

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Teologia Revelação

A divulgação da "comunidade monástica comunhão e misericórdia", e toda a história real de santa Faustina e Jesus misericordioso.


Autor (breve apresentação) :
René Latourele: sacerdote jesuita candense, doutor em teologia, professor emérito da faculdade de Teologia da PUG-Roma, um dos mais conhecidos teólogos da Teologia Fundamental. É autor de inúmeras obras teológicas de peso, dentre as quais o Dicionário de Teologia Fundamental, traduzido em várias línguas.
Sinopse:
A obra de René Latourelle apresenta de forma sistemática e densa o tema da Revelação como categoria indispensável para o entendimento da função e da identidade da Teologia Fundamental. A Revelação ou a Palavra de Deus à humanidade é a primeira realidade cristã: o primeiro fato, o primeiro mistério, a primeira categoria. Toda a economia da salvação, na ordem do conhecimento, segundo Latourelle, repousa sobre esse mistério da automanifestação de Deus numa confidência de amor.
A Revelação é o mistério primordial, o qual nos comunica todos os outros, pois é a manifestação do desígnio salvífico de Deus, premeditado desde toda a eternidade e que ele realizou em Jesus Cristo. A referida obra é certamente uma grande contribuição à Teologia Fundamental, pois considera a Revelação do Ponto de vista da Revelação, do mesmo modo como se tratam os outros mistérios da fé: criação, encarnação, redenção, etc. Da fé, parte para a inteligência da fé, apoiando-se na Escritura como fonte inspiradora e na Igreja como instituição divina. Fides quaerens intellectum. É uma busca do espírito, uma prospecção do mistério já aceito na fé.
A palavra 'Revelação' - este é o ponto central da obra – não é um puro discurso de palavras no sentido que Deus revela a si mesmo e faz conhecer o mistério da sua vontade falando somente ao homem sobre Si mesmo e sobre o mistério da sua vontade. Mas a 'Revelação' conota também, antes de tudo, seguindo a linha da Constituição Dogmática Dei Verbum, um complexo de atos cumpridos por Deus mesmo; conota um conjunto de acontecimentos dos quais é responsável, ator Deus mesmo. É através desses atos que Deus revela a Si mesmo e faz conhecer o mistério da sua vontade. Nesse sentido, o livro de Latourelle parece corresponder adequadamente aos anseios de nossa época que descobriu o mistério da Palavra de Deus. Além do mais a obra vem enriquecer a reflexão teológica nas atuais preocupações ecumênicas, apresentando fielmente a doutrina da Igreja, já que vem dar à Palavra de Deus toda a importância que lhe compete entre as realidades cristãs e contribuir de algum modo para uma aproximação entre todos os cristãos. Isso é o que podemos perceber na primeira parte da obra: “Noção Bíblica de Revelação”. Em seguida, na segunda e terceira partes, o autor perpassa a tradição patrística,bem como a tradição teológica, interrogando os principais mestres desse período.
Na quarta parte estuda a noção de Revelação nos Documentos do Magistério extraordinário nos Concílios, do Magistério ordinário também, principalmente nas encíclicas, refletindo principalmente sobre as atuais preocupações da Igreja. Na quinta parte temos uma densa reflexão teológica sobre a Revelação. Nessa parte vemos que palavra, testemunho e encontro são analogias que a reflexão teológica deve aprofundar e purificar, para indicar como e em que medida nos dão acesso ao mistério da Revelação.
Partes principais da obra:
1. Noção Bíblica de Revelação
2. O tema da Revelação nos Padres da Igreja
3. Noção de Revelação na Tradição Teológica
4. Noção de Revelação e Magistério da Igreja
Reflexão Teológica
Por que essa obra é referencial ou relevante (justificar):
Porque em nossos dias urge a necessidade de uma Teologia da Revelação que nos mostre a natureza, profundidade e dimensões do Mistério. Essa obra, com uma originalidade que lhe é peculiar, oferece uma valiosa contribuição no minguado campo da produção teológico-fundamental no Brasil.
Responsável pelas informações (nome/ diocese ou instituição em que atua):
Pe. Francisco de Assis Costa da Silva, Diocese de Caicó-RN, . 

domingo, 12 de maio de 2013

Oração pela Unidade dos Cristãos

A divulgação da "comunidade monástica comunhão e misericórdia", e toda a história real de santa Faustina e Jesus misericordioso.


Igreja inicia Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

André Alves
Da Redação, com CONIC


CONIC
De 12 a 19 de maio Igreja celebra Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (SOUC)
A Igreja celebra entre os dias 12 e 19 de maio, a edição 2013 da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (SOUC), no hemisfério sul. O tema da Semana será “O que Deus exige de nós?”.  Inspirado em Miquéias 6,6-8, o material foi todo preparado pelo Movimento de Estudantes Cristãos da Índia, com a consultoria da Federação de Universidade Católica de Toda a Índia e do Conselho Nacional de Igrejas na Índia.
Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), por sua vez, se encarregou de produzir todo o material que será utilizado por igrejas e movimentos ecumênicos.
A Semana de Oração é promovida mundialmente pelo Conselho Pontifício para Unidade dos Cristãos (CPUC) e pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI) e acontece em períodos diferentes nos dois hemisférios.

No hemisfério norte, o período tradicional para a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (SOUC) é de 18 a 25 de janeiro. Essas datas foram propostas em 1908, por Paul Watson, pois cobriam o tempo entre as festas de São Pedro e São Paulo, e tinham, portanto, um significado simbólico.

Por sua vez, no hemisfério Sul, as Igrejas geralmente celebram a Semana de Oração no período de Pentecostes (como foi sugerido pelo movimento Fé e Ordem, em 1926), que também é um momento simbólico para a unidade da Igreja. No Brasil, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC) lidera e coordena as iniciativas para a celebração da Semana em diversos estados.

O Subsídio para a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos 2013 afirma que o querer de Deus é que os homens trilhem, hoje, um caminho feito de justiça, de compaixão e de humildade. "Esse caminho de discipulado envolve trilhar o caminho estreito do Reino de Deus e não as estradas dos impérios de hoje. Andar por esse caminho de retidão inclui as dificuldades da luta, o isolamento que acompanha protestos e o risco associado ao ato de resistir aos 'poderes e dominadores', explica o documento.

A unidade
Para o bispo da Diocese de Dourados e membro da Comissão Episcopal da CNBB para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso, Dom Redovino Rizzardo, a unidade é um apelo do próximo Jesus aos cristãos. (cf. Jo 17,21) e deve sempre começar pela oração. “A unidade que Jesus fala é construída muito mais numa conversão das pessoas do que em apenas estruturas ou critérios humanos. Acho que o primeiro passo é a oração, porque ela nos torna mais próximos de Deus e é Nele que nós nos encontraremos unidos”.
Sobre a importância do ecumenismo, Dom Redovino afirma que este dá à Igreja a autenticidade de Seu Fundador, Jesus Cristo. Para o bispo, é impossível alguém afirmar estar na Igreja verdadeira de Jesus e não ser ecumênico. "Se a minha Igreja, por acaso, não fosse ecumênica, eu deveria desconfiar que não estou na Igreja de Jesus. Parece-me que uma característica da verdadeira Igreja de Cristo é o ecumenismo. Quanto menos ecumênica for uma Igreja, mais ela está se distanciando do Fundador que é Cristo”.
Além da Semana de Oração, a Igreja Católica, junto com outras denominações cristãs, tem promovido atividades para a celebração da unidade. Entre elas estão as Campanhas da Fraternidade Ecumênicas, que acontecem a cada cinco anos no Brasil.
A primeira CFE foi organizada no ano 2000, e teve como tema “Dignidade humana e paz”, e o lema escolhido foi: “Novo milênio sem exclusões”. A segunda edição, em 2005, falou sobre “Solidariedade e paz”, com o lema: “Felizes os que promovem a paz”. Em 2010, o tema versou sobre “Economia e Vida”, com o lema “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”.

Mãe é

A divulgação da "comunidade monastica comunhao e misericórdia", e toda a história real de santa Faustina e Jesus misericordioso.


Melhor Mãe do Mundo

Com você eu aprendi o que é fé,
Com você eu aprendi o que é verdade,
Com você eu me sinto protegida,
Com você eu fico muito mais feliz,
Com você eu aprendi a ser responsável,
Com você eu aprendi a dar valor as coisas,
Com você eu aprendo a cada dia que passa,
Com você eu aprendi tudo o que sei HOJE.
Obrigada por tudo minha mãe, você é e sempre será a melhor
mãe do mundo. Eu te amo.


Feliz dia das Mães
Mãe,

Quero que você saiba, que a cada dia que passa, eu tenho mais certeza que você é a melhor mãe do mundo. E neste dia, eu quero tentar expressar o tanto amor que eu sinto por você, quero demonstrar o quanto você faz por mim e, quero dizer o quanto você é essencial na minha vida.

Obrigada por todos os momentos, obrigada pelos conselhos mais sinceros, obrigada pelas broncas, obrigada pelos mimos, obrigada por ser a melhor mãe do mundo.

Quero que saiba que eu tento o máximo ser a melhor filha do mundo, pois os tempos vão passando, e eu vejo o quanto você precisa ser bem amada.

Feliz dia das Mães, e obrigada por Tudo.

Te amo muito. ^^
Minha Mãe Amiga
' Mãe, eu estou muito orgulhosa por você.

Você com certeza é um ótimo exemplo a ser seguido, eu sei o quanto você se esforçou para chegar aonde pretendia e, mesmo com todos os problemas da época, você não deixava de me dar carinho, de me dar atenção, de fazer o seu papel de mãe.

Curta bastante o seu momento mãe, pois ele é único.

Saiba que eu, e meus irmãos somos muitos satisfeitos com a mãe que temos, e que a cada dia que passa, você só faz a gente ter mais certeza ainda.

Que Deus continue te abençoando a cada momento, que os seus sonhos sejam realizados nos momentos certos e, que eu esteja presente em todos eles.

A melhor mãe do mundo é a Minha, *-*

Te amoo.. =]
Mamãe Linda

Eu não sei o que seria de mim, se você não estivesse sempre ao meu lado.

Você me ensina como caminhar;
Você me ensina como fazer;
Você me ensinou como amar;
Você me ensinou como respeitar;
Você me ensinou como escrever;
Você me ensinou o que é certo, e o que é errado;
Você me ensinou o que é bonito, e o que é feio;
Você esteve comigo em todos os momentos da minha vida;
Foi você a dona das maiores surpresas;
É você que eu tenho toda certeza que daria a vida por mim.

Mãe, obrigada por ser você, obrigada por ser a minha mãe, obrigada pelos dengos, obrigada por me acobertar, obrigada por brigar quando estou errada, porque foi por causa de tudo isso, que hoje eu sou uma menina de dar orgulho.


Eu te amo muito Mamãe. =]
Você é Minha Guerreira

Por mais que o tempo passe
E as estações se movam,
Ainda será minha estrela,
A mais linda, a mais radiante...
Será pra mim sempre bela,
Sempre amiga.
Podem todos me crucificar,
Mas sei que saberás a verdade
E com todas suas forças irá me defender
Como ninguém me defenderia.
Está presente em todos os felizes e tristes momentos.
Está sempre forte para vencer mais um desafio.
Por mais que eu cresça e amadureça,
Sempre serei seu fruto,
E orgulho total de minha raiz...
Te amo de forma insubstituível,
És robusto meu amor
És sincero meu afeto.
Trouxe-me ao mundo,
Agüentou toda dor
E sorriu ao me ver pela primeira vez.
Com muito carinho estou a pensar em você,
Pois de carinho me alimenta.
Minha mãe querida
Da mesma forma que deseja a mim saúde e felicidade,
Desejo-te também com toda certeza que tenho,
Em nome do grande valor que tem pra mim,
Te Amo Minha Mãe!!!
Minha Querida Mãe

Mãe...
Mãe carinhosa e dengosa
Mãe amiga, mãe irmã
Mãe de todos nós, mãe das mães
Mãe dos filhos
Mãe-pai: duas vezes mãe
Mãe lutadora e companheira
Mãe educadora, mãe mestra
Mãe analfabeta, sábia mãe
Mãe do silêncio, mãe comunicação
Mãe dos doentes e dos sãos
Mãe de quem magoou e de quem perdoou
Mãe rica, mãe pobre
Mãe dos que já foram, mãe dos que ficaram
Mãe dos guerreiros e dos guerreados
Mãe que sorri, mãe que chora
Mãe que abraça e afaga
Mãe presente, mãe ausente
Mãe do sagrado, mãe da luz
Mãe de jesus e mãe nossa.
Mãe, simplesmente mãe!

Eu te amo mãe, obrigado por tudo!
Mãe, Meu Tudo
Mãe, você é aquela que supriu sempre minhas necessidades...
É aquela que me deu vida, amor, cuidado, enxugou minha lágrimas,
corrigiu meus erros, me levantou de meus tombos, me deu conselhos,
disse não na hora certa, é uma grande amiga, é um pai, é uma mãe,
você é a única pessoa que consegue ser todas ao mesmo tempo, você
comemorou as minhas conquistas.

Para esta mulher incrível, eis minha declaração incondícional de aMOR!

{TE AMO MÃE}Mtudo

sábado, 11 de maio de 2013

São Pedro Apostolo

A divulgação da "comunidade monástica comunhão e misericórdia", e toda a história real de santa Faustina e Jesus misericordioso.



São Pedro Apostolo




São Pedro (do grego: Πέτρος, Pétros, "pedra", "rocha";1 ; Betsaida, século I a.C., — Roma, cerca de 67 d.C.)2 3 foi um dos doze apóstolos de Jesus Cristo, segundo o Novo Testamento e, mais especificamente, os quatro Evangelhos. Os católicos consideram Pedro como o primeiro Bispo de Roma4 5 , sendo por isso o primeiro Papa da Igreja Católica. Segundo a Bíblia, seu nome original não era Pedro, mas Simão. Nos livros dos Atos dos Apóstolos e na Segunda Epístola de Pedro, aparece ainda uma variante do seu nome original, Simão. Cristo mudou seu nome para כיפא, Kepha (Cefas em português, como em Gálatas 2:11), que em aramaico significa "pedra", "rocha", nome este que foi traduzido para o grego como Πέτρος, Petros, através da palavra πέτρα, petra, que também significa "pedra" ou "rocha", e posteriormente passou para o latim como Petrus, também através da palavra petra, de mesmo significado.
A mudança de seu nome por Jesus Cristo, bem como seu significado, ganham importância de acordo com a Igreja Católica em Mt 16, 18, quando Jesus diz: "E eu te declaro: tu és Kepha e sobre esta kepha edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão nunca contra ela." Jesus comparava Simão à rocha.6 Desta forma, Cristo, de acordo com a tradição católica, foi o fundador da Igreja Católica, fundada sobre Simão Pedro e sendo-lhe concedido, por este motivo, o título de Príncipe dos Apóstolos. Esse título é um tanto tardio, visto que tal designação só começaria a ser usada cerca de um século mais tarde, suplementando o de Patriarca (agora destinado a outro uso). Pedro foi o primeiro Bispo de Roma. Essa circunstância é importante, pois daí provém a primazia do Papa e da diocese de Roma sobre toda a Igreja Católica; posteriormente esse evento originaria os títulos "Apostólica" e "Romana".

Dados biográficos
 Mais informações: Primeiros discípulos de Jesus Antes de se tornar um dos doze discípulos de Cristo, Simão era pescador. Teria nascido em Betsaida e morava em Cafarnaum. Era filho de um homem chamado João ou Jonas e tinha por irmão o também apóstolo André. Simão e André eram "empresários" da pesca e tinham sua própria frota de barcos, em sociedade com Tiago, João e o pai destes, Zebedeu7 . Possivelmente Pedro era casado e tinha pelo menos um filho 8 . Sua esposa era de uma família rica e moravam numa casa própria, cuja descrição é muito semelhante a uma vila romana9 , na cidade "romana" de Cafarnaum10 . Segundo o relato em Lucas 5:1-11, no episódio conhecido como "Pesca milagrosa", Pedro teria conhecido Jesus quando este lhe pediu que utilizasse uma das suas barcas, de forma a poder pregar a uma multidão de gente que o queria ouvir. Pedro, que estava a lavar redes com Tiago e João, seus sócios e filhos de Zebedeu, concedeu-lhe o lugar na barca, que foi afastada um pouco da margem.
No final da pregação, Jesus disse a Simão que fosse pescar de novo com as redes em águas mais profundas. Pedro disse-lhe que tentara em vão pescar durante toda a noite e nada conseguira mas, em atenção ao seu pedido, fá-lo-ia. O resultado foi uma pescaria de tal monta que as redes iam rebentando, sendo necessária a ajuda da barca dos seus dois sócios, que também quase se afundava puxando os peixes. Numa atitude de humildade e espanto Pedro prostrou-se perante Jesus e disse para que se afastasse dele, já que é um pecador. Jesus encorajou-o, então, a segui-lo, dizendo que o tornará "pescador de homens". Nos evangelhos sinóticos, o nome de Pedro sempre encabeça a lista dos discípulos de Jesus, o que na interpretação da Igreja Católica Romana deixa transparecer um lugar de primazia sobre o Colégio Apostólico. Não se descarta que Pedro, assim como seu irmão André, antes de seguir Jesus, tenha sido discípulo de João Batista. Outro dado interessante era a estreita amizade entre Pedro e João Evangelista, fato atestado em todos os evangelhos, como por exemplo, na Última Ceia, quando pergunta ao Mestre, através do Discípulo amado (João), quem o haveria de trair ou quando ambos encontram o sepulcro de Cristo vazio no Domingo de Páscoa. Fato é que tal amizade perdurou até mesmo após a Ascensão de Jesus, como podemos constatar na cena da cura de um paralítico posto nas portas do Templo de Jerusalém.
Segundo a tradição defendida pela Igreja Católica Romana e pela Igreja Ortodoxa, o apóstolo Pedro, depois de ter exercido o episcopado em Antioquia, teria se tornado o primeiro Bispo de Roma. Segundo esta tradição, depois de solto da prisão em Jerusalém, o apóstolo teria viajado até Roma e ali permanecido até ser expulso com os judeus e cristãos pelo imperador Cláudio, época em que haveria voltado a Jerusalém para participar da reunião de apóstolos sobre os rituais judeus no chamado Concílio de Jerusalém. A Bíblia atesta que após esta reunião, Pedro ficou em Antioquia (como o seu companheiro de ministério, Paulo, afirma em sua carta aos gálatas). A tradição da Igreja Católica Romana afirma que depois de passar por várias cidades, Pedro haveria sido martirizado em Roma entre 64 e 67 d.C. Desde a Reforma, teólogos e historiadores protestantes afirmaram que Pedro não teria ido a Roma; esta tese foi defendida mais proeminentemente por Ferdinand Christian Baur, da Escola de Tübingen. Outros, como Heinrich Dressel, em 1872, declararam que Pedro teria sido enterrado em Alexandria, no Egito ou em Antioquia.4 Hoje, porém, os historiadores concordam que Pedro realmente viveu e morreu em Roma.
O historiador luterano Adolf Harnack afirmou que as teses anteriores foram tendenciosas e prejudicaram o estudo sobre a vida de Pedro em Roma.4 Sua vida continua sendo objeto de investigação, mas o seu túmulo está localizado na Basílica de São Pedro, no Vaticano, o qual foi descoberto em 1950 após anos de meticulosa investigação. Alguns pesquisadores acreditam que, assim como Judas Iscariotes, Pedro tenha sido um zelota, grupo que teria surgido dos fariseus e constituía-se de pequenos camponeses e membros das camadas mais pobres da sociedade. Este supostamente estaria comprovado em Marcos 3:18, assim como em Atos 1:13, no entanto, o certo "Simão, o Zelote" é na realidade uma pessoa distinta dentre as nomeações descritas nas referidas citações.
O primado de Pedro segundo a Igreja Católica
Cristo entrega as chaves do céu a Pedro (Perugino, Capela Sistina). Ver artigo principal: Confissão de Pedro Toda a primeira parte do Evangelho gira em torno da identidade de Jesus. Quando perguntado, Simão foi o primeiro dos discípulos a responder essa pergunta: Jesus é o filho de Deus. É esse acontecimento que leva Jesus a chamá-lo de Pedro e é conhecido como Confissão de Pedro. Encontramos o relato do evento em Mateus 16:13-19: Jesus pergunta aos seus discípulos (depois de se informar do que sobre ele corria entre o povo): "E vós, quem pensais que sou eu?". Simão Pedro, respondendo, disse: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Jesus respondeu-lhe: "Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne ou sangue que te revelaram isso, e sim Meu Pai que está nos céus. Também Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei Minha Igreja11 e as portas do Hades12 nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus e o que ligares na terra será ligado nos céus. E o que desligares na terra será desligado13 nos céus". João 21:15-17 e Lucas 22:31 também falam a respeito do primado de Pedro dever ser exercido particularmente na ordem da Fé, e que Cristo o torna chefe: Jesus disse a Simão (Pedro): "Simão, filho de João, tu Me amas mais do que estes?" Ele lhe respondeu: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo". Jesus lhe disse: "Apascenta Meus cordeiros". Segunda vez disse-lhe: "Simão filho de João, tu Me amas?" - "Sim, Senhor", disse ele, "tu sabes que te amo". Disse-lhe Jesus: "Apascenta Minhas ovelhas". Pela terceira vez lhe disse: "Simão filho de João, tu Me amas?" Entristeceu-se Pedro porque pela terceira vez lhe perguntara 'Tu Me amas?' e lhe disse: "Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo". Jesus lhe disse: "Apascenta Minhas ovelhas." (João 21:15-17). «Simão, Simão, eis que Satanás pediu insistentemente para vos peneirar como trigo; Eu, porém, orei por ti, a fim de que tua fé não desfaleça. Quando, porém, te converteres, confirma teus irmãos.» (Lucas 22:31-32)
O apóstolo Pedro, o primeiro Bispo de Roma - Mosaico na Igreja de São Salvador em Chora, em Istambul.
A comunidade de Roma foi fundada pelos apóstolos Pedro e Paulo e é considerada a única comunidade cristã do mundo fundada por mais de um apóstolo e a única do Ocidente instituída por um deles. Por esta razão desde a antiguidade a comunidade de Roma (chamada atualmente de Santa Sé pelos católicos) teve o primado sobre todas as outras comunidades locais (dioceses); nessa visão o ministério de Pedro continua sendo exercido até hoje pelo Bispo de Roma (segundo o catolicismo romano), assim como o ministério dos outros apóstolos é cumprido pelos outros Bispos unidos a ele, que é a cabeça do colégio apostólico, do colégio episcopal. A sucessão papal (de Pedro) começou com São Lino (67) e, atualmente é exercida pelo Papa Francisco, eleito em 13 de março de 2013. Segundo essa visão, o próprio apóstolo Pedro atestou que exerceu o seu ministério em Roma ao concluir a sua primeira epístola: "A [Igreja] que está em Babilônia, eleita como vós, vos saúda, como também Marcos, meu filho."14 . Trata-se da Igreja de Roma15 . Assim também o interpretaram todos os autores desde a Antiguidade, como abaixo, como sendo a Roma Imperial (decadente). O termo não pode referir-se à Babilônia sobre o Eufrates, que jazia em ruínas ou à Nova Babilônia (Selêucia) sobre o rio Tigre, ou à Babilônia Egípcia cerca de Mênfis, tampouco a Jerusalém; deve, portanto referir-se a Roma, a única cidade que é chamada Babilônia pela antiga literatura Cristã16 .
Testemunhos históricos de Pedro em Roma
Os historiadores atualmente acreditam que a tradição católica esteja correta; igualmente, muitas tradições antigas corroboram a versão de que Pedro esteve em Roma e que ali teria sido martirizado. Clemente, terceiro bispo de Roma e discípulo de Pedro, por volta de (96) d.C., em sua Epístola aos Coríntios, faz clara alusão ao martírio deste e de Paulo em Roma: "Todavia, deixando os exemplos antigos, examinemos os atletas que viveram mais próximos de nós. Tomemos os nobres exemplos de nossa geração. Foi por causa do ciúme e da inveja que as colunas mais altas e justas foram perseguidas e lutaram até a morte. Consideremos os bons apóstolos. Pedro, pela inveja injusta, suportou não uma ou duas, mas muitas tribulações e, depois de ter prestado testemunho, foi para o lugar glorioso que lhe era devido. Por causa da inveja e da discórdia, Paulo mostrou o preço reservado à perseverança. Sete vezes carregando cadeias, exilado, apedrejado, tornando-se arauto no Oriente e no Ocidente, ele deu testemunho diante das autoridades, deixou o mundo e se foi para o lugar santo, tornando-se o maior modelo de perseverança". Inácio de Antioquia, bispo, mártir e também discípulo de Pedro, em cerca de (107) d.C., em sua Epístola aos Romanos, a qual fora dirigida à comunidade cristã lá situada, refere-se nos seguintes termos ao martírio de Pedro e Paulo em Roma: "Não vos dou ordens como Pedro e Paulo; eles eram apóstolos, eu sou um condenado. Eles eram livres, e eu até agora sou um escravo".Papias, bispo de Hierápolis, por volta de (140) d.C., ao tratar da origem do Evangelho de Marcos, atribui o relatado a João Marcos, companheiro de Paulo e Barnabé, a partir da convivência com os que haviam estado com Jesus, em especial Pedro quando este estava em Roma:
"Papias, bispo de Hierápolis, atesta a atribuição do segundo evangelho a Marcos, “intérprete” de Pedro em Roma. O livro teria sido composto em Roma, depois da morte de Pedro (prólogo antimarcionita de século II, Ireneu) ou ainda durante sua vida (segundo Clemente de Alexandria). Quanto a Marcos, foi identificado como João Marcos, originário de Jerusalém (At 12,12), companheiro de Paulo e Barnabé (At 12,25; 13,5.13; 15,37-39; Cl 4,10) e, a seguir, de Pedro em “Babilônia” (isto é, provavelmente, em Roma) segundo 1Pd 5,13."19 O bispo Dionísio de Corinto, em extrato de uma de suas cartas aos romanos (170) trata da seguinte forma o martírio de Pedro e Paulo: "Tendo vindo ambos a Corinto, os dois apóstolos Pedro e Paulo nos formaram na doutrina do Evangelho. A seguir, indo para a Itália, eles vos transmitiram os mesmos ensinamentos e, por fim, sofreram o martírio simultaneamente."20 Gaio, presbítero romano, em 199:
"Nós aqui em Roma temos algo melhor do que o túmulo de Filipe. Possuímos os troféus dos apóstolos fundadores desta Igreja local. Ide à Via Ostiense e lá encontrareis o troféu de Paulo; ide ao Vaticano e lá vereis o troféu de Pedro." Gaio dirigiu-se nos seguintes termos a um grupo de hereges: "Posso mostrar-vos os troféus (túmulos) dos Apóstolos. Caso queirais ir ao Vaticano ou à Via Ostiense, lá encontrareis os troféus daqueles que fundaram esta Igreja."21 Orígenes (185 - 253) responsável pela Escola Catequética de Alexandria afirmou: "Pedro, ao ser martirizado em Roma, pediu e obteve que fosse crucificado de cabeça para baixo"22 "Pedro, finalmente tendo ido para Roma, lá foi crucificado de cabeça para baixo."23 Ireneu (130 - 202), Bispo de Lião (nascido em Izmir atual Turquia) referiu: "Para a maior e mais antiga a mais famosa Igreja, fundada pelos dois mais gloriosos Apóstolos, Pedro e Paulo." e ainda "Os bem-aventurados Apóstolos portanto, fundando e instituindo a Igreja, entregaram a Lino o cargo de administrá-la como bispo; a este sucedeu Anacleto; depois dele, em terceiro lugar a partir dos Apóstolos, Clemente recebeu o episcopado."
"Mateus, achando-se entre os hebreus, escreveu o Evangelho na língua deles, enquanto Pedro e Paulo evangelizavam em Roma e aí fundavam a Igreja." Formado como jurista Tertuliano (155-222 d.C.) falou da morte de Pedro em Roma: "A Igreja também dos romanos pública - isto é, demonstra por instrumentos públicos e provas - que Clemente foi ordenado por Pedro." "Feliz Igreja, na qual os Apóstolos verteram seu sangue por sua doutrina integral!" - e falando da Igreja Romana, "onde a paixão de Pedro se fez como a paixão do Senhor." "Nero foi o primeiro a banhar no sangue o berço da fé. Pedro então, segundo a promessa de Cristo, foi por outrem cingido quando o suspenderam na Cruz."25 Eusébio (263-340 d.C.) Bispo de Cesareia, escreveu muitas obras de teologia, exegese, apologética, mas a sua obra mais importante foi a História Eclesiástica, onde ele narra a história da Igreja das origens até 303. Refere-se ao ministério exercido por Pedro:   "Pedro, de nacionalidade galileia, o primeiro pontífice dos cristãos, tendo inicialmente fundado a Igreja de Antioquia, se dirige a Roma, onde, pregando o Evangelho, continua vinte e cinco anos Bispo da mesma cidade."Epifânio (315-403 d.C.), Bispo de Constância (também foi Bispo de Salamina e Metropolita do Chipre) fala da sucessão dos Bispos de Roma: "A sucessão de Bispos em Roma é nesta ordem: Pedro e Paulo, Lino, Cleto, Clemente etc...". Doroteu de Tiro:
"Lino foi Bispo de Roma após o seu primeiro guia, Pedro." Optato de Milevo: "Você não pode negar que sabe que na cidade de Roma a cadeira episcopal foi primeiro investida por Pedro, e que Pedro, cabeça dos Apóstolos, a ocupou." Cipriano (martirizado em 258), Bispo de Cartago (norte da África), escreveu a obra "A Unidade da Igreja" (De Ecclesiae Unitate), onde diz: "A cátedra de Roma é a cátedra de Pedro, a Igreja principal, de onde se origina a unidade  sacerdotal."29 Santo Agostinho (354 - 430):
"A Pedro sucedeu Lino."
Logo, apesar das opiniões divergentes que surgiram a partir da Reforma Protestante, era constante, unânime e ininterrupta a tradição segundo a qual Pedro pregou o evangelho em Roma e lá encontrou o martírio, o que é robustecido pelos escritos dos Pais da Igreja e pela arqueologia. Baldaquino da Basílica moderna de São Pedro, de Bernini. O túmulo de São Pedro encontra-se diretamente abaixo desta estrutura. Os textos escritos pelo apóstolo. O Novo Testamento inclui duas epístolas cuja autoria é atribuída a Pedro: A "Primeira epístola de São Pedro e a Segunda epístola de São Pedro".
Indícios arqueológicos
Crucifixão de São Pedro (Santa Maria del Popolo, Roma, Caravaggio, 1600). Ver artigo principal: Túmulo de São Pedro. A partir da década de 1950 intensificaram-se as escavações no subsolo da Basílica de São Pedro, lugar tradicionalmente reconhecido como provável túmulo do apóstolo e próximo de seu martírio no muro central do Circo de Nero. Após extenuantes e cuidadosos trabalhos, inclusive com remoção de toneladas de terra que datava do corte da Colina Vaticana para a terraplanagem da construção da primeira basílica na época de Constantino, a equipe chefiada pela arqueóloga italiana Margherita Guarducci encontrou o que seria uma necrópole atribuída a Pedro, inclusive uma parede repleta de grafitos com a expressão Petrós Ení, que, em grego, significa "Pedro está aqui". Também foram encontrados, em um nicho, fragmentos de ossos de um homem robusto e idoso, entre 60-70 anos, envoltos em restos de tecido púrpura com fios de ouro que se acredita, com muita probabilidade, serem de Pedro. A data real do martírio, de acordo com um cruzamento de datas feito pela arqueóloga, seria 13 de outubro de 64 d.C. e não 29 de junho, data em que se comemorava o traslado dos restos mortais de Pedro e São Paulo para a estada dos mesmos nas Catacumbas de São Sebastião durante a perseguição do imperador romano Valeriano em 257. A mais antiga representação artística de Pedro data do século IV e foi descoberta em 2010.


Nossa Senhora das Dores

A divulgação da "comunidade monástica comunhão e misericórdia", e toda a história real de santa Faustina e Jesus misericordioso.




Nossa Senhora das Dores
  



Nossa Senhora das Dores (também chamada Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora da Soledade, Nossa Senhora das Angústias, Nossa Senhora das Lágrimas, Nossa Senhora das Sete Dores, Nossa Senhora do Calvário, Nossa Senhora do Monte Calvário ou ainda Nossa Senhora do Pranto, e invocada em latim como Beata Maria Virgo Perdolens, ou Mater Dolorosa), sendo sob essa designação particularmente cultuada em Portugal.
Sete dores de Maria - O culto à Mater Dolorosa iniciou-se em 1221, no Mosteiro de Schönau, na Germânia. Em 1239, a sua veneração no dia 15 de Setembro teve início em Florença, na Itália, pela Ordem dos Servos de Maria (Ordem Servita). Deve o seu nome às Sete Dores da Virgem Maria:
A profecia de Simeão sobre Jesus (Lucas, 2, 34-35)
A fuga da Sagrada Família para o Egito (Mateus, 2, 13-21);
O desaparecimento do Menino Jesus durante três dias (Lucas, 2, 41-51);
O encontro de Maria e Jesus a caminho do Calvário (Lucas, 23, 27-31);
Maria observando o sofrimento e morte de Jesus na Cruz - Stabat Mater (João, 19, 25-27);
Maria recebe o corpo do filho tirado da Cruz (Mateus, 27, 55-61);
Maria observa o corpo do filho a ser depositado no Santo Sepulcro (Lucas, 23, 55-56).
Virgem das Angustias, em Ayamonte, Espanha
Nossa Senhora das Dores surge representada sendo ferida por sete espadas no seu coração imaculado (algumas vezes uma só espada), dado ter sido trespassada por uma espada de dor, quando da Paixão e Morte de seu Filho, unindo-se ao seu sacrifício enquanto redentor e sendo por isso chamada pelos teólogos de Corredentora do Género Humano. É também seu símbolo o Rosário das Lágrimas (ou Terço das Lágrimas), com 49 contas brancas divididas em sete partes de sete contas cada. Aparece também frequentemente representada com uma expressão dolorida diante da Cruz, contemplando o filho morto (donde nasceu o hino medieval Stabat Mater), ou então segurando Jesus morto nos braços, após o seu descimento da Cruz (dando assim origem à temática das Pietà).
O Wikilivros tem um livro chamado Santos católicos
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nossa Senhora de Nazaré

A divulgação da "comunidade monastica comunhao e misericórdia", e toda a história real de santa Faustina e Jesus misericordioso.




Nossa Senhora de Nazaré




O Círio de Nazaré, em devoção a Nossa Senhora de Nazaré, é a maior manifestação religiosa Católica do Brasil e um dos maiores eventos religiosos do mundo, reunindo cerca de seis milhões de pessoas em todos os cultos e procissões. Em Portugal é celebrada no dia 8 de Setembro na vila da Nazaré e é celebrada, desde 1793, na cidade de Belém do Pará, anualmente, no segundo domingo de outubro. Outras regiões devido a migração de paraenses acabaram criando a procissões para estarem mais próximos de Belém, mesmo que pelo ato de Fé. O Termo "Círio" tem origem na palavra latina "Cereus", que significa vela grande. No Brasil, no início era uma romaria vespertina, e até mesmo noturna, daí o uso de velas. No ano de 1854, para evitar a repetição da chuva torrencial como a que havia caído no ano anterior, a procissão passou a ser realizada de manhã. O Círio foi instituído em 1793 em Belém do Pará, e até 1882, saía do Palácio do Governo. Em 1882, o bispo Dom Macedo Costa, em acordo com o Presidente da Província, Dr. Justino Carneiro, instituiu que a partida do Círio seria da Catedral da Sé, em Belém.
Alguns estudiosos estão considerando o Círio de Nazaré em Belém do Pará, como sendo a maior manifestação religiosa do Planeta. Consegue congregar dois milhões de pessoas em uma só manhã.
A Sagrada Imagem de Nossa Senhora da Nazaré, Portugal
Segundo a interessante Lenda da Nazaré a antiquíssima imagem da Virgem teve origem em Nazaré, na Galileia, e representa a Virgem Maria sentada, de cor escura, tendo no seu colo o Menino Jesus, o qual amamenta. A estátua, entalhada em madeira e identificada como original dos primeiros séculos do Cristianismo, percorreu a cristandade desde Nazaré (Israel) passando por Mérida (Espanha) até surgir no ano de 711 em Nazaré (Portugal). No século XII, se tornou símbolo de fé do cavaleiro D. Fuas Roupinho, o qual mandou erigir a Capela da Memória em agradecimento à Virgem (1182), após milagrosamente ter se salvo de um acidente muito grave quando, montado a cavalo, perseguia um cervo. A capela foi erigida sobre uma gruta onde estava a sagrada imagem. Em 1377 o rei D. Fernando (1367-1383) fundou um templo maior, o Santuário de Nossa Senhora da Nazaré, para onde transferiu a imagem. Desde então, a 8 de Setembro, anualmente, os portugueses se reúnem no Sítio da Nazaré, para reverenciar Nossa Senhora da Nazaré. A principal romaria, o Círio da Prata Grande, vem anualmente do concelho de Mafra e transporta, numa berlinda, uma imagem de Nossa Senhora da Nazaré que não é uma réplica da Verdadeira imagem, pois esta está sentada e a imagem do Círio está de pé, existindo ainda outras diferenças. A imagem de Nossa Senhora da Nazaré venerada no Brasil, em Belém, é semelhante à imagem de Nossa Senhora da Nazaré do principal Círio português.
No Brasil
A introdução da devoção à Senhora da Nazaré, no Pará, foi feita pelos padres jesuítas, no século XVII. Embora o culto tenha se iniciado na povoação da Vigia, a tradição mais conhecida relata que, em 1700, Plácido, um caboclo, descendente de portugueses e de índios, andava pelas imediações do igarapé Murutucu (área correspondente, hoje, aos fundos da Basílica) quando encontrou uma pequena estátua de Nossa Senhora da Nazaré. Essa imagem, réplica de outra que se encontra em Portugal, entalhada em madeira com aproximadamente 28 cm de altura, encontrava-se entre pedras lodosas e bastante deteriorada pelo tempo e pelos elementos. Plácido levou a imagem consigo para casa, onde tendo-a limpado, improvisou um altar. De acordo com a tradição local, a imagem retornou inexplicavelmente ao lugar do achado por diversas ocasiões até que, interpretando o fato como um sinal divino, o caboclo decidiu erguer às próprias custas uma pequena ermida no local, como sinal de devoção. A divulgação do milagre da imagem santa atraiu a atenção dos habitantes da região, que passaram a acorrer à capela, para render-lhe homenagem.
 A atenção do então governador da Capitania, Francisco da Silva Coutinho, também foi atraída à época, tendo este determinado a remoção da imagem para a Capela do Palácio da Cidade, em Belém. Não obstante ser mantida sob a guarda do Palácio, a imagem novamente desapareceu, para ressurgir em seu nicho na capela. Desse modo, a devoção adquiriu caráter oficial, erguendo-se atualmente, no lugar da primitiva ermida, uma capela, hoje a suntuosa Basílica de Nossa Senhora de Nazaré. Em 1773 o bispo do Pará, Dom João Evangelista, colocou a cidade de Belém sob a proteção de Nossa Senhora de Nazaré. No início do ano seguinte (1774), a imagem foi enviada a Portugal, onde foi submetida a uma completa restauração. O seu retorno ocorreu em outubro desse mesmo ano, tendo a imagem sido transportada, do porto até ao santuário, pelos fiéis em romaria, acompanhada pelo Governador, pelo Bispo e pelas demais autoridades, civis e eclesiásticas, escoltadas pela tropa. Este foi considerado o primeiro Círio, que etimologicamente designa uma vela grande de cera. Desde então, o Círio de Nazaré é realizado anualmente, no segundo domingo do mês de Outubro. Entre os milagres mais expressivos atribuídos à imagem de Belém, encontra-se o que envolveu os passageiros do brigue português "São João Batista". Partindo de Belém rumo a Lisboa, no dia 11 de Julho de 1846, a embarcação de dois mastros à vela veio a naufragar decorridos poucos dias da partida, sendo os passageiros salvos por um bote que os conduziu de volta a Belém. Este brigue seria a mesma embarcação que, anos antes (1774), havia transportado a imagem de Nossa Senhora de Nazaré a Lisboa, para ser restaurada; o bote que salvou os náufragos também seria o mesmo que tinha levado a imagem até ao brigue ancorado no porto de Belém. O bote passou a acompanhar a procissão a partir do ano de 1885.
Apesar de o Círio de Nazaré de Belém (PA) ser o mais conhecido no Brasil, o Círio mais antigo do Brasil data de 8 de setembro 1630 na cidade de Saquarema no Estado do Rio de Janeiro. Após noite tempestuosa a miraculosa imagem de Nossa Senhora de Nazareth foi encontrada por pescadores nos penedos que separa o mar da lagoa onde hoje se encontra a Igreja Matriz. Segundo a lenda, a imagem sempre retornava aos penedos onde foi encontrada, e por este motivo, os religiosos da época acreditando ser um sinal dos céus, resolveram dar início a construção de primeiramente uma capela, que mais tarde deu lugar ao templo atual. O Reconhecimento do Círio de Saquarema como o mais antigo do Brasil se deu com a visita da imagem peregrina de Belém (PA) em 23 de setembro de 2009.
Romarias Oficiais
Atualmente as manifestações de devoção religiosas estendem-se por quinze dias, durante a chamada quadra Nazarena. Entre os pontos altos dessa manifestação, destacam-se:Traslado Assim chamada, porque marca o percurso da imagem de Nossa Senhora de Nazaré, da Basílica de Nazaré, pelas ruas da cidade, até a igreja matriz, no município de Ananindeua, município vizinho a Belém. Percurso este, feito em carro aberto, onde Nossa Senhora recebe inúmeras homenagens. A imagem da Santa, passa a noite neste município, onde o povo fica durante toda à noite em vigília. Essa Romaria acontece de sexta para sábado, que antecede o domingo do círio.Esta romaria normalmente sai as 9:00 da Basílica de Nazaré, e segue pela Avenida Nazaré, Almirante Barroso, BR-316, Ananindeua, Marituba e volta para Ananindeua até a Igreja Matriz.
Romaria Rodoviária
Depois de uma noite em Ananindeua, e uma missa pela manhã, a imagem parte de madrugada em mais uma procissão, agora em uma nova direção, a Vila de Icoaraci, distrito de Belém. Mesmo sendo de madrugada, os fiéis aguardam a passagem da Santa, rendendo-lhe inúmeras homenagens. A procissão é acompanhada pelos carros da diretoria do círio, carros de polícia, bombeiros, ambulâncias, carros oficiais e civis. Daí a origem do nome da romaria. Garnier Sampaio (H-37) liderando a romaria fluvial do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, em 2005.
Romaria Fluvial
Nesta romaria, a imagem da Santa é levada de barco, pela Baia do Guajará, baia esta que cerca a cidade de Belém, e é seguida por inúmeros outros, enfeitados de acordo com as condições do próprio dono. Aqui se vêem barcos, iates e simples canoas de ribeirinhos que seguem a procissão. O percurso Icoaraci-Belém pode levar até 5 horas. Ao chegar no cais do porto da cidade, é recebida por uma multidão e outras homenagens se seguem. A romaria foi introduzida em 1985, como uma forma de homenagear a todos os que vivem e dependem dos rios da região, como a população ribeirinha, que devido suas condições não pode se dirigir a Belém, e com isso, pode fazer suas homenagens.
Moto-Romaria
Por volta das 11 horas da manhã de sábado, a imagem da Santa chega ao cais de Belém, dali a imagem segue em carro aberto, agora seguida por motoqueiros que buzinam incessantemente, anunciando a passagem da Santa, o povo para nas ruas seus afazeres, saem de suas casas, e saúdam a Virgem, com as mãos levantadas, como a pedir a bênção. A Romaria se estende pelas ruas da cidade até o Colégio Gentil Bittencourt, onde uma outra multidão de fiéis espera a Imagem. E à noite, logo após a missa, dará início a Trasladação.
Trasladação
A trasladação da imagem ocorre uma noite antes do Círio, em uma procissão à luz de velas. Simbolicamente visa recordar a lenda do descobrimento da imagem e o retorno ao local de seu primeiro achado. Nesta cerimonia somente a Berlinda (carro onde é levada a imagem de Nossa Senhora) é utilizada, num trajeto em sentido inverso ao do Círio
Procissão do Círio
Que atualmente reúne centenas de milhares de fiéis (mais de 2 milhões e 300 mil ), em um cortejo, que em épocas recentes chegou a durar cerca de nove horas, e que hoje, devido a uma melhor organização e planejamento por parte da diretoria da festa demora bem menos, percorrendo uma distância de cerca de cinco quilômetros entre a Catedral Metropolitana e a Basílica de Nazaré. Esta celebração é dividida em três momentos: o Círio propriamente dito evento é iniciado às seis horas da manhã com a celebração de uma missa, após a qual os fiéis se postam nas ruas ao longo do trajeto. Às sete horas, o Arcebispo conduz a imagem de Nossa Senhora até a Berlinda, para dar início ao Círio. Antigamente e até o iníco dos anos 2000, chegava no destino por volta das duas horas da tarde. Hoje, isso acontece antes mesmo do meio-dia a imagem chega à Basílica de Nazaré, sendo retirada da Berlinda para a celebração litúrgica.
Ciclo-romaria'
É a mais nova das procissões. Foi criada em 2004 a pedido da Federação dos Ciclistas do Pará e da Associação dos Ciclistas de Icoaraci. É realizada no sábado posterior ao Círio, com saída da Praça Santuário e percorre aproximadamente 9 km e a cada ano é definido um novo trajeto.
Romaria da Juventude
É considerada a mais animada de todas as 11 romarias oficiais da chamada "quadra nazarena". A procissão acontece desde 2001, nela comunidades juvenis de várias paróquias se reúnem para louvar a Rainha da Amazônia. É um modo de mostrar a integração das paróquias e a alegria da juventude católica. Em 2012, além da berlinda com a imagem da santa, foram levados, na procissão, os símbolos da Jornada Mundial da Juventude, a cruz missionária e o ícone de Nossa Senhora.
Recírio Duas semanas após o Círio, acontece o Recírio, uma procissão de despedida.
Os símbolos
O Círio tem vários objetos simbólicos que podem ser apreciados durante o seu trajeto. Os principais são: A berlinda, que leva a imagem da Santa; A corda, espaço de pagamento de promessas dos romeiros.
A corda, que sustenta a fé na padroeira dos paraenses, possui a média de 400 metros de comprimento e pesa aproximadamente 700 quilos, de puro sisal torcido, que requer maior sacrifício físico e emocional. Incorporada à celebração em 1868, originalmente substituía a junta de bois que até então puxava a berlinda da imagem; posteriormente passou a ser utilizada para separar a berlinda e o carro dos milagres juntamente com os políticos e signatários, da multidão que a acompanha e assim conservar um equilíbrio perfeito característico da fé aliada a obediência. No ano de 2005 a direção do Círio, modificou o formato da corda, que ao invés de contornar a berlinda como normalmente era feito, a corda ainda do mesmo tamanho, veio na forma de um rosário, na tentativa de que não ocorressem atrasos no traslado, como já havia ocorrido anos antes.
O manto é mais um dos símbolos da Festa de Nazaré. A cada procissão, há sempre um novo manto envolvendo a figura de Nossa Senhora. O manto tem sempre uma conotação mística, relatando partes do evangelho. Confeccionado com material caro e importado. O trabalho da confecção do manto iniciou-se pelas filhas de Maria. Anos depois, assumindo a confecção do mesmo, a irmã Alexandra, da Congregação das Filhas de Sant’Ana. Com a sua morte, a confecção do manto ficou por conta de uma ex-aluna interna do Colégio Gentil Bittencourt, Srta. Esther Paes França, que por 19 anos o teceu, e de suas mãos saíram os mais belos mantos. A confecção do manto é toda envolvida em clima de mistério, feitas com a ajuda de doações, quase sempre anônimas.
As velas, ou círios, são feitas de cera, em vários formatos, retratando partes do corpo humano, ou ainda, uma vara de cera da mesma altura do pagador da promessa. As velas, são um símbolo da fé dos promesseiros, que através delas, 'pagam' a uma graça alcançada. Os carros de promessas ou dos milagres, que recolhem os ex-votos ilustrativos das graças alcançadas pelos fiéis; As crianças, tradicionalmente vestidas de anjos; As homenagens de fogos de artifício, queimados durante a passagem da imagem pelas ruas do centro histórico de Belém. Outros símbolos também integram a tradição: As novenas, ciclos de orações realizadas durante as semanas que antecedem a festividade, por devotos que realizam pequenas romarias pelas casas de vizinhos. Os cartazes oficiais anunciando a festividade.
O almoço com a família, realizado no domingo da procissão, como um ato de comunhão. Tradicionalmente é composto de: Pato no tucupi, tradicional prato da culinária paraense, acompanhado de arroz branco. Maniçoba, também tradicional item da culinária da região. O arraial no largo de Nazaré, em frente à Basílica. os brinquedos de miriti. Datas e quantidade de pessoas, A procissão do Círio acontece a cada segundo domingo de Outubro, sua data portanto é móvel. A seguir a numeração ordinal dos Círios de Nazaré, as suas datas, e a quantidade aproximada de pessoas que participaram.
220º - 14 de outubro de 2012 : 2 milhões e 350 mil pessoas, durou aproximadamente 6 horas
219º - 9 de outubro de 2011 : 2,3 milhões de pessoas, durou 5 horas e meia
218° - 10 de outubro de 2010 : 2 milhões e 250 mil pessoas, durou 6 horas
217° - 11 de outubro de 2009 : 2 milhões e 200 mil pessoas, durou 7 horas
216° - 12 de outubro de 2008: 2 milhões de pessoas, durou 7 horas
215° - 14 de outubro de 2007: 2 milhões e 700 mil pessoas, durou 7 horas
214º - 8 de outubro de 2006: 2 milhões e 250 mil pessoas, durou 5 horas e meia
213º - 9 de outubro de 2005: 2 milhões de pessoas, durou 5 horas (devido a um incêndio, o trajeto foi encurtado)
212º - 10 de outubro de 2004: 1 milhão e 700 mil pessoas, durou mais de 9 horas (o mais longo da história e o último a usar a corda em formato de "U", passando a ter 5 estações, como o rosário católico.)
Referências
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. (Redirecionado de Círio de nossa senhora de nazaré).